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Os donos das fazendas do Paraná onde o Ministério da Agricultura confirmou, nesta segunda-feira, a existência de mais seis focos de febre aftosa, disseram nesta terça-feira que ainda não foram notificados e que não sabem ao certo o que vai acontecer.

Mas pelo menos um proprietário já decidiu e informou o que vai fazer quando for notificado. O Cesumar (Centro Universitário de Maringá), considerou que a base do ministério para declarar a doença é inconsistente, porque em nenhum momento foi isolado o vírus da doença. E por isso, segundo a assessoria, a universidade vai recorrer aos meios cabíveis para buscar os seus direitos.

O caminho que o Cesumar pretende pegar é o mesmo trilhado pelo pecuarista André Carioba, dono da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (Norte), onde o ministério decretou o foco no mês de dezembro do ano passado. Depois de algumas decisões judiciais, em Londrina e em Porto Alegre, Carioba conseguiu manter a liminar que obriga o pagamento prévio de 50% do valor da indenização - avaliada em R$ 1,28 milhões - antes do sacrifício.

A assessoria do ministério informou que o início dos preparativos para o sacrifício do rebanho da Fazenda Cachoeira depende de uma reunião marcada para esta quarta-feira. Devem participar do encontro representantes da Secretaria Estadual da Agricultura, Federação da Agricultura, Sindicato da Carne e Ocepar, além do pecuarista André Carioba.

Posição oficial do PR

O governador do Paraná, Roberto Requião, foi enfático ao afirmar nesta terça-feira - durante a durante a reunião semanal do secretariado - que o estado não tem febre aftosa. Requião foi além e disse que "isso (aftosa) está na cabeça dos responsáveis pelo Ministério da Agricultura".

"O vírus não foi encontrado. O curioso é que a fronteira do estado de São Paulo com Mato Grosso do Sul é muito maior que a do Paraná e até agora eu não ouvi nenhuma declaração de suspeita da febre aftosa em São Paulo", comparou.

Apesar de, assim como Requião, contestar os focos da doença, o vice-governador e Secretário de Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, afirma que o estado vai tomar as providências necessárias para acabar o mais rápido possível com o impasse que já dura mais de quatro meses.

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