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15 mortos em Guaíra

Dupla confessa participação na maior chacina do Paraná

Polícia procura agora por terceiro homem, que também teria sido um dos executores

Um forte esquema de segurança foi montado na tarde desta quarta-feira (22) na sede da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) em Cascavel, região Oeste do estado, para a acareação entre dois dos principais suspeitos de serem os executores da maior chacina da história do Paraná. Policiais fortemente armados e vestindo capuzes puseram frente a frente Jair Correia, de 52 anos, e Ademar Fernando Luiz, 27.

Ademar foi preso na manhã de terça-feira, 21, em Lucas do Rio Verde (MT) e transferido para Cascavel na mesma noite. Jair Correia foi capturado no dia 15, em Rosana (SP), permaneceu preso em Curitiba e, nesta quarta, foi levado para Cascavel. O delegado Carlos Reis, que chefiou as investigações que levaram à prisão da dupla, informou que tanto Jair como Ademar confirmaram a participação na chacina, mas que alguns pontos nos depoimentos não batem.

"O Jair, por exemplo, já assumiu que foi o responsável pela morte de seis pessoas e disse que as outras nove foram executadas pelo Ademar e por um terceiro homem, que ele não lembra o nome", revela Reis. Já Ademar, explica o delegado, afirma que não matou ninguém, que esteve no local da chacina apenas para dar apoio a Jair e ao outro homem, a quem ele se refere apenas como "João".

Reconstituição

Ainda nesta semana Jair Correia e Ademar Fernando Luiz devem voltar ao local onde aconteceu a chacina, uma chácara na periferia de Guaíra, para participar da reconstituição da cena do crime. "Isso é necessário para que o Ministério Público tenha todos os instrumentos legais para apresentar a denúncia contra os acusados", explicou o promotor Andrade.

A confirmação da reconstituição depende de questões de segurança e também da presença dos peritos do Instituto de Criminalística de Umuarama. "Assim que os detalhes forem acertados, faremos a reconstituição", explicou o promotor. A polícia também procura pelas armas usadas na chacina, que são provas importantes para o inquérito. "Ainda não temos as armas", disse o delegado-chefe do Denarc, Sergio Sirino.Sobre o terceiro suspeito, Sirino informou que as investigações prosseguem e que é possível que até o próximo domingo ele seja preso. Além do trio, outras duas pessoas estão com a prisão preventiva decretada por participação nos crimes.

200 anos de cadeia

O promotor de Justiça Marcos Andrade disse que pretende apresentar denúncia até o dia 15 de novembro, quando termina o prazo da prisão temporária de Jair Correia. Ele adiantou que vai pedir 200 anos de condenação para os acusados.

A preocupação dos policiais agora é com a segurança dos dois presos. Segundo o promotor, a maioria das pessoas que foi morta na chacina tinha envolvimento com o crime organizado e fazia parte de facções criminosas, por isso existe a preocupação com uma possível vingança por parte de outros presos. "Eles serão levados para um presídio de segurança máxima", explicou.

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