Um homem, acusado de roubar cerca de 120 obras literárias raras da Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba, teve o retrato falado divulgado nesta terça-feira (7) pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil do Paraná.
O Cope investiga o caso há cerca de um mês, desde que a direção da Biblioteca comunicou o furto à polícia.
A delegada Vanessa Alice, que comanda as investigações, acredita que as obras foram roubadas por encomenda, e que já tenham saído do Paraná. Por isso, o Cope entrou em contato com as polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo para pedir cooperação. A idéia é ter informações sobre restauradores de livros antigos, por exemplo, que podem dar pistas sobre as obras furtadas em Curitiba.Internacional
A delegada disse também, em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta terça, que no Paraná não existe comércio especializado para esse tipo de obras literárias. Há possibilidade de que o ladrão estivesse trabalhando para uma quadrilha internacional, que tenha conexões com colecionadores de obras raras.
O homem que furtava os livros foi descrito por funcionários da Biblioteca como alto, magro, jovem - com pouco mais de 20 anos de idade - e bem falante. Ele freqüentava o local desde o início do ano, às vezes acompanhado, mas na maioria das vezes, sozinho.
O que mais chamou a atenção dos funcionários da Biblioteca é que o suspeito sempre usava uma capa de chuva grande e grossa, independente do clima que fazia no dia.
A delegada Vanessa Alice explicou que os livros roubados eram obras para consulta interna, na Biblioteca, e não para empréstimo. Estudante
O suspeito se identificou na biblioteca como Victor Hugo B. da Silva e forneceu um endereço inexistente. Ele dizia ser estudante de Cinema e de Biblioteconomia. Demonstrava interesse por obras literárias raras e periódicos, especialmente alguns volumes de coleções e revistas da década de 80.
Ainda de acordo com as informações levantadas pela polícia, o ladrão tirava muitas fotografias com um telefone celular e fazia anotações sobre as publicações.
Para os funcionários da biblioteca, o suspeito dizia que estaria fazendo um livro sobre a obra de cartunistas, por isso fazia pesquisa minuciosa.
As publicações furtadas estavam na seção de obras raras da Biblioteca e também no setor de periódicos.
Mais detalhes sobre as obras furtadas e seus respectivos valores serão divulgados pela diretor da Biblioteca Pública, Cláudio Fajardo, na manhã desta quarta-feira (8), em coletiva à imprensa.
Veja nas imagens do Paraná TV os locais onde o ladrão roubava os livros



