Não existe um momento certo para o pai parar de brincar com o filho. O ideal é que ele adapte as brincadeiras com o passar dos tempos. Especialistas alertam, entretanto, para o perigo dos pais quererem impor alguma atividade porque eles gostam de praticá-la mais do que a criança. "Não pode ser forçado. É uma relação de troca. É óbvio que a criança tende a gostar do que o pai gosta, torcer pelo mesmo time. Mas o pai precisa prestar atenção no que o filho aprecia e aceitar as escolhas dela. Caso contrário, pode engessar a relação ao invés de ajudar", explica a psicanalista e coordenadora terapêutica da Associação Serpiá, Maria Augusta de Mendonça Guimarães.
Jogar bola com o filho é saudável, mas psicólogos não aconselham aos pais freqüentar a mesma balada que ele, por exemplo. "O pai precisa ser maduro o suficiente para saber ouvir o não", afirma a terapeuta de família Elizabethe Van Gysel Franck. Aprender brincadeiras novas com os filhos, até mesmo como mexer no computador ou no novo celular, são atitudes que enaltecem a relação. Relatos de problemas escolares são mais freqüentes quando não há nada em comum entre o pai e o filho normalmente as crianças acabam não se interessando por nada. Por isso não custa estar aberto a novas sugestões de lazer. (PM)
