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De 2003 a 2013

Em dez anos, número de transplantes cresce 84% no Brasil

Segundo pesquisa feita pelo Sistema Nacional de Transplante, 55,7% dos familiares concordaram com a decisão da doação de órgãos

 | Henry Milléo/Gazeta do Povo
(Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo)

Entre 2003 e 2013, o número de transplantes realizados no país cresceu 84% - saltou de 12.722 para 23.457 no período. Houve ainda um aumento do número de doadores efetivos. Em 2008, foram pouco mais de 1,3 mil doadores e, neste ano, a estimativa é que chegue a 2,6 mil.

Segundo pesquisa feita pelo Sistema Nacional de Transplante, 55,7% dos familiares concordaram com a decisão da doação de órgãos - o dado sobre aceitação familiar passou a ser coletado no ano passado. O percentual está acima do registrado em países sul-americanos com alto número de transplantes, como Argentina (52,8%) e Chile (51,1%).

A doação só acontece com a autorização familiar e este é o enfoque da campanha nacional deste ano, com concentração entre os dias 24 e 27 de setembro. O Ministério da Saúde apresentou, nesta quarta-feira (24) vídeos, folders e demais ações.

De acordo com a pasta, no primeiro semestre de 2014 foram realizadas 6,6 mil cirurgias de córnea e 3,7 mil de órgãos sólidos, como coração, fígado e rim.

Rede social

Neste ano, o Ministério da Saúde lançou aplicativo que informa a família do usuário quando ele demonstra o desejo de ser doador de órgãos. Em 2012, o governo já havia feito parceria com o Facebook, permitindo que o internauta adicionasse a informação.

Agora, familiares passam a ser notificados da iniciativa. A adesão pode ser feita por meio da fanpage do ministério e dará origem a um banco informal de doadores, a ser coletado pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Depoimentos

Na cerimônia, familiares de doadores e beneficiários de transplantes deram depoimentos. Entre eles estavam Arlita Andrade, viúva de Santiago Andrade, cinegrafista da Band que faleceu em fevereiro em confronto entre manifestantes e policiais na Central do Brasil.

O artista plástico Paulo César Cavalcante, 58, contou ter se submetido a um transplante há quatro anos, e destaca que o papel da família é fundamental na decisão.

"Os familiares do doador precisam se conscientizar que o processo do falecimento do doador e o transporte do órgão precisa ser muito rápido", disse ele. Cavalcante esperou por cerca de sete anos para ser beneficiado por um transplante de fígado.

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