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Cinco pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF) no Paraná acusadas de integrar uma quadrilha que fraudava concessões de linhas de transportes de passageiros. A ação aconteceu ainda em outros três estados (São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e prendeu outras 29 pessoas.

Batizada como "Operação Veredas", a ação da PF foi deflagrada nesta terça-feira (13) para desarticular uma quadrilha de empresários do setor de transporte que, segundo a PF, usou de métodos ilegais para prejudicar empresas de ônibus concorrentes.

No estado do Paraná, foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão em quatro cidades - duas pessoas foram detidas em Londrina, uma em Cambará (Norte), uma em Curitiba e uma em Maringá (Noroeste). Os nomes, assim como a atividades dos acusados, não foram informados pela PF. Os detidos devem ser encaminhados ainda nesta terça-feira para São Paulo - onde a investigação foi conduzida.

Na cidade de Marília, interior de São Paulo, foram detidos 23 dos 34 acusados. Entre os presos estão dez policiais rodoviários federais e sete fiscais de agências reguladoras. Destes, quatro são da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e três do Departamento de Transportes e Terminais do Estado de Santa Catarina (Deter). Foram detidos ainda três empresários e 14 intermediários do esquema.

Como agiam

No esquema, segundo a PF, uma empresa concorrente pagava aos órgãos fiscalizadores, que "plantavam" drogas e armas nos ônibus da rival para que o veículo fosse apreendido. Outra forma de ação era através da indicação de rivais que trafegavam em áreas para as quais não tinham permissão. Os fiscais integrantes do esquema multavam essas empresas e transferiam seus passageiros às outras, também participantes do esquema, que tinham concessão para aquele trecho.

Crimes

A quadrilha é acusada de crimes como corrupção, tráfico de influência, extorsão, peculato (quando um funcionário público se apropria de algum bem por força do cargo), excesso de exação (cobrança indevida de impostos) e tráfico de drogas e armas.

A operação mobilizou 400 policiais nos quatro estados. Dos 35 mandados de prisão temporária, apenas um não havia sido cumprido.

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