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Operação Aquarela

Empresário de Curitiba é preso suspeito de fraude, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos

Além dele, a polícia prendeu outras 18 pessoas, entre elas o ex-presidente do Banco de Brasília

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O empresário paulista Lúcio Mauro Stoco foi preso na manhã desta quinta-feira em casa no bairro Ahú, em Curitiba. Ele é suspeito de envolvimento em um esquema de fraude, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. O empresário, e outras 18 pessoas, foram detidas durante a Operação Aquarela, deflagrada em conjunto pela Polícia Civil, Receita Federal e pelo Ministério Público do Distrito Federal em quatro estados.

O esquema funcionaria por meio de contratos fraudulentos firmados com o Banco de Brasília (BRB). Dez empresas - algumas de fachada - e ONGs estão sob suspeita. Uma destas empresas é a Aton Tecnologia, empresa de desenvolvimento de softwares direcionados à web, com sede em Curitiba e em Brasília. Stoco é dono da Aton na capital paranaense.

O gerente administrativo da empresa, Sérgio Roberto Ledesma, confirmou que o contrato da Aton como prestadora de serviços está vigente com o Banco de Brasília. Este contrato, segundo a polícia, está sendo investigado. A suspeita que pesa contra Stoco e a empresa é de crimes de lavagem de dinheiro e desvio de recurso.

A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e na empresa de Stoco. Foram apreendidos documentos e feita cópia do HD (hard disk) do computador do empresário. Stoco foi transferido no início da noite desta quinta-feira para Brasília e foi apresentado na Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco).

O advogado Edward Rocha de Carvalho, que defende Stoco, disse que ainda não teve acesso ao inquérito e que desta maneira não tem como se pronunciar sobre a prisão do cliente. "Já impetramos em Brasília um mandado de segurança para ter acesso ao inquérito", disse Carvalho.

19 presos durante Operação

Durante a operação, foram presas 19 pessoas - sendo 15 em Brasília, dois em São Paulo, um no Paraná e outro em Goiás. A polícia ainda procura uma pessoa no estado de Goiás. Entre os presos estão o ex-presidente do Banco BRB, Tarcísio Franklin Moura, o presidente da Associação Nacional de Bancos (Asbace), Juarez Lopes Cançado, além de diretores de empresas e presidentes e ONGs.

Cançado também é sócio da editora Corte, que fica em Brasília e é apontada como a central do esquema. Os policiais cumpriram 40 mandados de prisão. E apreenderam 130 computadores, documentos, US$ 200 mil, euros e jóias, além de armas. Todo o material vai ser periciado.

A operação foi batizada de Aquarela por causa de um livro da Editora Corte, a principal empresa investigada. Segundo a polícia, ela seria utilizada apenas para lavagem de dinheiro. De acordo com as investigações, em dez anos, essa editora publicou apenas um livro.

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