
BELÉM, RIO BRANCO E SÃO LUÍS - Já chega a 20 mil o número de desabrigados em Altamira, no oeste do Pará, a 740 km de Belém, por causa dos temporais e rompimento de barragens ocorridos desde o último fim de semana. O número corresponde a mais de 20% da população do município. Falta água potável e comida para os desabrigados. Uma força-tarefa chega hoje à cidade para ajudar as vítimas.
O nível do Rio Xingu chegou a subir 7 metros e pelo menos 14 bairros ficaram debaixo dágua. Uma pessoa morreu e mais quatro estão desaparecidas. A ponte de concreto que liga Altamira a Vitória do Xingu desabou. Outras quatro pontes estão em estado de alerta.
A prefeitura está fornecendo cestas básicas e caminhões-pipa abastecem duas caixas dágua colocadas em pontos próximos aos desabrigados. Muitas pessoas estão sendo levadas para 12 abrigos.
A Defesa Civil do estado anunciou que vai encaminhar ao município 500 kits de ajuda humanitária com colchões, travesseiros, toalhas, cobertores e 16 itens de limpeza. Além disso, mais 3 mil cestas básicas também serão enviadas.
Maranhão
Chegou a 3,3 mil o número de pessoas desabrigadas em consequência das fortes chuvas que atingem o Maranhão. A Defesa Civil do estado estima que pelo menos 14 mil pessoas foram atingidas. Três cidades, Marajá do Sena, Tufilandia e Trizidela do Vale, decretaram estado de emergência. Outras oito pediram ao governo do estado decretação de situação de emergência.
A situação é crítica em Marajá do Sena, praticamente isolada, com as estradas intrafegáveis. Há escassez de água e comida. Dos 6.167 habitantes, 1.892 estão desabrigados. "Os homens da Defesa Civil somente conseguiram chegar ao local de helicóptero", disse o secretário executivo da Defesa Civil, coronel Jonas Durans.
Em Trizidela do Vale, 740 pessoas ficaram desabrigadas com a elevação do Rio Mearim.
Em São Luís, 293 pessoas deixaram suas casas em 15 bairros. Duas pessoas morreram após o desmoronamento de um barranco no sábado, na periferia da capital.
Acre
O Rio Acre também subiu, deixando cerca de 1,5 mil desabrigados, segundo a Defesa Civil de Rio Branco. A prefeitura e o governo do estado mantêm três abrigos para atender as vítimas.
Cerca de 550 famílias estão nos abrigos, mas que este número tende a crescer pois a meteorologia prevê mais chuvas na cabeceira do Rio Acre, na fronteira com o Peru.



