Uma pessoa morreu ontem em consequência das enchentes no Acre. Alan Felipe de Souza Marinho, 19 anos, que atuava como voluntário, foi eletrocutado após bater em um fio de eletricidade na capital Rio Branco. Ele estava em um barco de alumínio. Ao todo, 115 mil pessoas foram afetadas pelas cheias. Oito cidades decretaram situação de emergência. A mais atingida é Rio Branco, com quase 90 mil vítimas. Cerca de 14 mil casas foram alagadas e 82 mil pessoas estão em abrigos públicos.
Ontem, o ministro da Inte-gração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, sobrevoou as áreas afetadas pela enchente no Acre para fazer uma avaliação dos prejuízos. "Essa visita representa um esforço de guerra coordenado pelo governo estadual, com total apoio do governo federal, para que possamos assistir à população local, neste momento crítico, com água, alimentos e segurança, disse. O governo federal autorizou o repasse de R$ 2 milhões para a prefeitura de Rio Branco e R$ 3 milhões para o estado do Acre. "Se necessário, liberaremos mais recursos para que nada falte à população." Na cidade de Brasileia, as águas começam a baixar, mas há risco de desabamentos, além de problemas com o fornecimento de energia elétrica e comunicações.
A Secretaria Nacional de Defesa Civil constatou diminuição na velocidade com que sobe o nível do Rio Acre. A média de aumento do nível agora é um centímetro a cada seis horas. No início da semana, o índice era um centímetro de cheia a cada três horas. Essa é a maior enchente da história do estado.



