São Paulo A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou na noite de ontem o encontro da base da caixa-preta do Boeing 737/800 da Gol que caiu no último dia 29, no norte de Mato Grosso.
Todas as 154 pessoas que estavam a bordo morreram depois que o avião bateu em um jato executivo Legacy, de fabricação da Embraer. Os sete ocupantes do jato entre eles seis americanos sobreviveram depois de realizar um pouso forçado.
Com o encontro da base, a FAB pode restringir a área de busca do cilindro que contém os dados de voz dos pilotos, peça considerada fundamental para as investigações das causas do acidente. A posição do artefato foi marcada por GPS (localização por satélite).
Segundo a FAB, também foram encontrados restos mortais de mais uma pessoa na tarde de ontem, na área do acidente. Agora, faltam apenas três. Também ontem, o Instituto Médico Legal (IML) de Brasília identificou mais quatro vítimas.
Com isso, elevou para 144 o número de vítimas identificadas, sendo que 134 corpos foram retirados pelas famílias para o sepultamento.
Cães
A partir de hoje, as equipes que trabalham no resgate dos corpos devem usar cães farejadores, da raça Labrador, para tentar encontrar os corpos que continuam desaparecidos. As equipes devem continuar as buscas pelos corpos em uma área de quatro quilômetros quadrados. Os cães devem procurar as vítimas em uma área fora desse perímetro.
Para ajudar nas buscas, também foram reforçadas as equipes de resgate que estão no local onde caiu o avião da Gol: três soldados, um oficial e quatro bombeiros da Aeronáutica.
Na quinta-feira, as equipes de busca do Exército e da Aeronáutica se reuniram na Fazenda Jarinã para acertar os detalhes da operação.
A missão era deslocar a cabine do avião, como foi feito com as asas e o trem de pouso do Boeing da Gol. A esperança era de localizar, embaixo dos destroços, os corpos que continuam desaparecidos.
O trabalho para erguer e deslocar a cabine, que pesa três toneladas, demorou cinco horas. No entanto, os militares não encontraram corpos embaixo dos destroços. As equipes de resgate também contam com o reforço de índios caiapós e jurunas, que estiveram na fazenda Jarinã para oferecer ajuda. Eles vão abrir picadas e clareiras para as equipes que estão à procura de corpos.



