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Eonides Terezinha Ferreira, 51, vítima de um homicídio em Balsa Nova, abraçada com os filhos em foto do álbum da família tirada há quatro meses; | Arquivo Pessoal
Eonides Terezinha Ferreira, 51, vítima de um homicídio em Balsa Nova, abraçada com os filhos em foto do álbum da família tirada há quatro meses;| Foto: Arquivo Pessoal

Memória

No final de janeiro, outro crime em uma trilha turística teve repercussão nacional. Um estudante foi assassinado e uma jovem foi supostamente abusada sexualmente no Morro do Boi, em Caiobá, litoral do Paraná, no dia 31 de janeiro. Menos de três semanas depois, um suspeito foi preso.

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A polícia localizou nesta terça-feira (24) a possível arma do crime usada para matar a empresária Eonides Terezinha Ferreira, 51 anos. Uma força-tarefa foi montada para investigar o crime, que aconteceu na manhã de domingo (22) em uma trilha de Balsa Nova, região metropolitana de Curitiba. De acordo com a Polícia Civil, nove pessoas foram intimadas a prestar depoimento nesta tarde.

Eonides foi encontrada no final da tarde de domingo com vários ferimentos na cabeça provocados por um objeto de concussão e com indícios de abuso sexual. Ela passeava por uma trilha nas imediações de uma recém-adquirida casa de campo.

Quatro delegacias trabalham no caso: Delegacia de Homicídios, Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Delegacia de Campo Largo e de Palmeira. Nesta tarde, uma ripa de madeira com sangue e chumaços de cabelo foi recolhida perto de onde o corpo foi localizado. Perícias serão realizadas para confirmar se os vestígios são de Eonides.

Mateiro experiente

O delegado Wilciomar Voltaire Garcia, de Campo Largo, acredita que o crime tenha sido feito por uma pessoa que conhece a região ou acostumada ao mato. "O corpo estava bem escondido e foi arrastado pelos pés", descreveu o delegado.

Voltaire ouviu nove pessoas intimadas nesta tarde. "A maioria [dos depoentes] desta tarde é funcionário da pousada em frente aonde se deu o crime", disse. A região onde o corpo foi encontrado é ponto de referência no turismo rural da região de São Luiz do Purunã. Nos próximos dias, pessoas que conheciam a vítima devem prestar depoimento à Polícia Civil

Segundo o policial, antes de se embrenhar pela trilha, Eonides pediu informações para moradores da região sobre onde seria um bom local para passear com seu cachorro às 10h30. Voltaire estima que o crime se deu no máximo meia-hora depois.

Por volta das 13h, o cão de Eonides retornou à casa de campo, adquirida há 15 dias pela família, o que despertou a suspeita dos familiares. Às 17h, o corpo da empresária foi achado.

Quem era

Proprietária de um centro de estética no bairro São Francisco, em Curitiba, Eonides era comumente chamada para cuidar do camarim de artistas que se apresentavam na cidade, segundo contam os familiares dela.

Ela tinha dois filhos - uma adolescente de 15 anos e um rapaz de 21 - e um enteado, de 27. Era oficialmente divorciada do dono de uma revendedora de veículos.

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