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São Paulo – Garantir uns pontinhos extras no vestibular para ter vantagem na disputa pelas vagas em universidades públicas é o que busca boa parte dos estudantes que farão domingo o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste ano, são 3.731.925 os alunos inscritos, número recorde e 24% maior que o de 2005.

Para Letícia Nunes de Oliveira, 18 anos, que tenta uma vaga em Medicina Veterinária, quem não faz o exame fica em desvantagem. "Acho que vai me favorecer na hora de fazer as contas (para a aprovação) em um vestibular concorrido.’’ Já sua colega de classe Anna Maria dos Santos, 18 anos, candidata de Medicina que no ano passado ganhou um ponto extra na Fuvest, diz que já ouviu que o exame não ajuda tanto, mas que vale a pena tentar. Segundo o coordenador dos simulados do Enem no sistema Anglo, Sezar Sasson, o exame aumenta a nota de modo geral e beneficia os melhores preparados "na vida’’.

Já para o diretor do Etapa, Carlos Eduardo Bindi, o exame tem um problema de assimetria. "A nota não ajuda à medida que beneficia todo mundo. Mas quem não dá esse passo fica para trás.’’

A prova

Os estudantes vão enfrentar no domingo uma prova interdisciplinar, mais fácil que os vestibulares mais concorridos do país e que testa principalmente a compreensão de texto e a capacidade de aplicar os conhecimentos adquiridos em problemas do cotidiano.

Segundo Dorivan Ferreira, coordenador do Enem, não haverá surpresas na prova deste ano. Serão 63 questões de múltipla escolha e uma redação – que deverá ter um tema social, seguindo a tendência dos últimos anos em que foram abordados assuntos como a violência, a liberdade de informação e o trabalho infantil.

Mas para quem está mais preocupado com o vestibular é importante concentrar-se nas questões de múltipla escolha, segundo o coordenador pedagógico do cursinho Objetivo, Antônio Mário Salles. Ele afirma que não há um método específico de estudar para o Enem, mas dá algumas sugestões que podem ajudar, como ler as últimas edições para conhecer o estilo da prova, treinar a compreensão de texto e ler jornais e revistas para ter argumentos sobre temas do cotidiano e de cunho social.

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