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As esperanças de familiares e amigos do engenheiro civil Laércio Hildebrand, 44 anos, de encontrá-lo com vida chegaram ao fim na tarde de ontem. Depois de 28 dias sem notícias do paradeiro dele, um casal de namorados encontrou o engenheiro enforcado com uma corda em uma árvore, em um bosque próximo ao estacionamento do Zoológico de Curitiba, no bairro Alto Boqueirão. "Ele estava a uns 25 metros do estacionamento. Já tinham procurado ele naquela área", conta uma moradora da região que não quis se identificar.

Apesar do estado de decomposição do corpo, investigadores da Delegacia de Homicídios que estiveram no local acreditam que suicídio é apenas uma das hipóteses para o caso. O delegado Cassiano Aufiero deve conduzir as investigações que irão apurar outras possibilidades para a morte.

O engenheiro foi visto pela última vez na manhã do dia 15 de agosto, quando saía de uma obra no bairro Boqueirão. O carro dele, um Uno azul-marinho, foi encontrado sem sinais de arrombamento na tarde daquele mesmo dia dentro do estacionamento do Zoológico. Uma testemunha contou aos policiais ter visto um jovem de cabelos compridos sair do carro e correr em direção ao bosque.

Estranhamente, a região em que o corpo de Hildebrand foi encontrado chegou a ser vasculhada por guardas municipais e familiares no dia seguinte ao desaparecimento. "Fizemos uma busca na região, no local para onde a pessoa que deixou o carro se dirigiu, e não achamos nada", informou o guarda municipal José Luís Dalla Villa, no dia das buscas.

Inicialmente, o desaparecimento foi encarado como seqüestro, mas, depois de três dias sem nenhum contato de supostos seqüestradores, a família do engenheiro já imaginava que algo pior poderia ter acontecido. Em depoimento a policiais da Delegacia de Vigilância e Captura, a mulher do engenheiro comentou que Hildebrand estaria com depressão. A reportagem tentou entrar em contato com familiares, mas eles estavam reunidos para decidir o local do enterro.

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