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O bairro Mossunguê teve aumento de R$ 500 na renda média e se tornou o terceiro bairro mais rico de Curitiba, atrás apenas de Batel e Bigorrilho. A ocupação imobiliária recente é a explicação para o avanço, de acordo com Olga Firkowski, da UFPR e Observatório das Metrópoles. "Em outras palavras, o Mossunguê é o Ecoville. Como o Censo é feito de dez em dez anos, reflete o período de maior dinamização imobiliária do bairro", explica. Membros da classe média/alta que buscam viver em edifícios procuram o Ecoville ou Batel, quem gosta de casas vai atrás do Jardim Social, segundo a professora.

Na avaliação de Olga, uma das possíveis mudanças para o próximo Censo seja o entorno da Linha Verde. Conforme Lourival Peyerl, do Ippuc, já há movimento da prefeitura nesse sentido. "A mobilização está acontecendo, especialmente na Região Sul. Por isso, está havendo implantação de mais uma regional, preparando a infraestrutura urbana para uma elevação do padrão de renda", diz.

Poucas mudanças

Pouco mudou na distribuição de renda de Curitiba de 2000 a 2010. "Não houve nenhuma revolução, nada que mudasse a ocupação", afirma Olga. Uma das formas de melhorar a distribuição é atribuir mais de uma função ao solo. "Na Europa, há discussão sobre como misturar usos de solo e de classes sociais. Isso não acontece aqui, até por uma questão cultural", afirma. Lourival Meyerl, do Ippuc, vê com dificuldade a atuação do poder público nesse aspecto. "Em essência, a cidade é misturada entre alta e baixa renda. Nossa política sempre foi de misturar padrões para jamais criar guetos", diz.

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