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Educação

Escola alaga e deixa 700 sem aula

Chuva destelhou prédio, alagou salas de aula e comprometeu fiação. Colégio foi interditado e ninguém sabe quando as aulas serão retomadas

Pais visitam a escola em busca de informação, mas portões vivem trancados | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Pais visitam a escola em busca de informação, mas portões vivem trancados (Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo)

A chuva que danificou o Colégio Estadual Francisco Azevedo Macedo, no bairro Novo Mundo, em Curitiba, caiu no dia 22 de abril, mas ainda hoje cerca de 700 alunos continuam sem aula. O vento e a chuva destelharam a escola, deixaram salas de aula alagadas, soltaram o piso de taco e provocaram queda do forro de madeira. A fiação elétrica ficou comprometida e a água acumulada foi escoada através de furos na parede. Devido aos estragos, a Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), da prefeitura de Curitiba, interditou o local e as aulas estão suspensas desde então.

Diariamente, pais e alunos vão até a escola em busca de informações sobre quando as aulas serão retomadas. Na tarde de ontem, várias pessoas foram ao local, mas o portão estava trancado e não havia ninguém. Também há a reclamação de que o telefone só dava sinal de ocupado. "Desde a semana passada, venho todos os dias atrás da solução, inclusive no sábado", afirma a dona de casa Rosa Soares da Silva, mãe de uma aluna.

Cansados de esperar, pais já solicitaram a transferência dos filhos para outras escolas, mas eles não conseguem retirar a documentação no Francisco Macedo, necessária para a mu­­dança. "Consegui uma vaga para meu filho de 15 anos no Colégio Estadual Professor Brasílio de Castro, mas a vaga é válida só por três dias. Não concluí a matrícula porque ninguém me deu o documento", diz a vendedora autônoma Der­minda Oliveira Rangel.

A estudante Amanda de Mou­­ra Fagundes, 15 anos, também conseguiu vaga, no colégio Guido Arzua, mas depende da documentação. Segundo a estudante, o colégio Francisco Macedo precisa de reformas, pois tem goteiras e vidros e portas estão quebrados. "No dia 23 de abril, as salas estavam todas alagadas e escorria água do teto", lembra.

Sem extintor

De acordo com a assessoria de imprensa da Cosedi, a escola não tinha nem extintor de incêndio. Depois da chuva, o órgão emitiu quatro notificações: interdição do local, solicitação de laudo do Corpo de Bombeiros, adequação das instalações elétricas e reforma das salas de aula. A conclusão é que não há condições de reabrir a instituição até que melhorias sejam feitas.

A chefe do Núcleo Regional de Educação de Curitiba, Sheila Pereira, afirma que um local provisório está sendo avaliado. As opções são a Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná e outra faculdade no bairro Por­tão. "[As aulas] começam assim que fecharmos a locação. Depen­demos de o local estar confirmado", afirma. Sheila diz acreditar que haja uma definição hoje, e um indicativo aos alunos sobre o reinício das aulas deve ser dado em seguida.

Os cerca de 80 alunos que estudam à noite continuam tendo aulas. Sheila explica que, ainda no fim de abril, eles foram encaminhados para a Escola Estadual Dom Ático. Já os cerca de 700 alunos dos outros períodos terão aulas repostas, de acordo com a chefe do núcleo. "Foi uma situação inesperada por conta da chuva", justifica.

Serviço:

Pais com dificuldades podem ligar para o Núcleo Regional de Educação de Curitiba: (41) 3901-2882.

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