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Funcionários e alunos de uma franquia da escola de inglês Wise Up que fica no bairro Novo Mundo, em Curitiba, foram surpreendidos na terça-feira (8) com o fechamento da instituição. Ao chegarem para as aulas da manhã, não conseguiam entrar no local para realizar as aulas. Segundo funcionários ouvidos pela reportagem, eles estão sem receber os salários e o dono da franquia havia dado sinais de problemas com o estabelecimento dois meses antes de fechar o local.

A escola teria cerca de dez funcionários e perto de 100 alunos matriculados. De acordo com Eduardo Liporacci, um dos empregados, há dois meses os serviços já haviam apresentado problemas. Segundo ele, a ausência constante do responsável pela franquia gerou problemas no ensino da escola. "Em muitos serviços nós precisávamos dele na sede e ele não estava presente. Até que na terça chegamos lá e as fechaduras haviam sido trocadas e os móveis retirados de lá", conta.

Segundo o que vizinhos do estabelecimento de ensino teriam dito aos funcionários, o local havia sido trancado durante a noite, com remoção dos móveis do local. Matheus Revoredo, outro funcionário da escola, disse que antes do fechamento a informação que eles tinham do dono da franquia era do suposto interesse dele em realizar "cortes de gastos" e realizar "transferências" por causa de problemas financeiros.

"Eu ainda nem tive o meu contrato de trabalho encerrado com eles. Na minha carteira de trabalho ainda apareço como empregado da franquia", diz Revoredo. Os dois funcionários que conversaram com a Gazeta do Povo disseram não ter notícias do responsável pela escola.

Aulas

De acordo com o coordenador de franquias da empresa Wise Up Adilson Parrella, a empresa recebeu na terça-feira a informação sobre o fechamento da escola e enviou funcionários até a unidade para verificar o que estava acontecendo. "Há algum tempo já tínhamos conhecimento de que o responsável por essa sede não estava cumprindo os requisitos de qualidade da empresa. Agora nossa prioridade é dar aos alunos o retorno às aulas em sedes próximas ao Novo Mundo", disse.

Segundo Parrella, os alunos não devem sofrer qualquer prejuízo por causa do fechamento repentino da sede. "Nós entramos em contato com os alunos para dar algumas opções. Ainda essa semana as aulas deles serão retomadas". Ele ainda disse que a empresa pediu ao responsável pela franquia no Novo Mundo que se descredencie da marca em até 24 horas. Ou seja, ele não poderá mais usar a marca para abrir uma nova escola.

Quanto aos funcionários, Parrella diz que eles são vinculados à razão social do homem responsável pela franquia e não diretamente à Wise Up e que as questões trabalhistas devem ser resolvidas diretamente com a pessoa que fechou a escola.

Os empregados disseram que procuraram o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e o Sindicato dos Funcionários de Administração Escolas do Paraná (Seaapar) em busca dos direitos trabalhistas. O sindicato informou que tomará as medidas necessárias para buscar um acordo com o empregador.

A reportagem tentou entrar em contato com o advogado da pessoa que fechou a escola de inglês por e-mail, mas, até as 18h15, não havia recebido resposta.

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