Escolas discutem combate à violência

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Estudantes estão agredindo professores, dentro e fora dos colégios. No Paraná, os educadores vão usar parte do horário das aulas de terça-feira (10) para decidir como enfrentar este problema. As aulas terão apenas 30 minutos em todas as escolas estaduais. O tempo restante será usado para discutir as ações que podem ser tomadas para evitar novos casos de violência.

As brigas entre professores e diretores de escolas paranaenses viraram casos de polícia. Os educadores costumam registrar ocorrências e expulsar ou suspender alunos violentos. Mas só as punições não resolvem o problema, que, segundo o Ministério Público, começa fora dos portões escolares. Para a promotora da Infância e da Juventude, Édina de Paula, o problema é a "falência" de instituições como a família e o sistema de ensino.

Na região de Londrina, foram registrados três casos de agressão em duas semanas. A diretora de uma escola estadual chegava ao trabalho de carro, quando foi rendida. Ela dirigiu uma hora e meia sob a mira de um revólver e foi abandonada à beira de uma rodovia. Pouco depois, a polícia prendeu três dos quatro assaltantes - e eles eram alunos da escola. "Eles estavam drogados e o tempo todo (ficaram) com a arma na minha cabeça. Pensei que ia morrer", diz a diretora.

Em outra escola, uma professora foi agredida por um aluno de 18 anos. Ele usou uma barra de ferro e bateu no braço dela. Depois, com a ajuda de colegas, ainda queimou as cortinas da sala de aula e o livro de ocorrências da escola.

Em Rolândia, cidade vizinha a Londrina, uma educadora que estava grávida passou mal depois de ouvir ofensas de um estudante de 16 anos. Ela perdeu o bebê. "Ele disse que não ia com a cara dela e era pra deixá-lo em paz", diz o diretor Marco Antônio dos Santos.

Em Curitiba, na primeira semana de aulas deste semestre, um adolescente, que não passou de ano, despejou gasolina e incendiou o carro da diretora que estava estacionado no pátio da escola.

O governo estadual informa que mantém policiais responsáveis pelo patrulhamento nas unidades de ensino.