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Sambódromo

Escolas exploram cultura afro-brasileira

Integrantes da Grande Rio: últimos preparativos antes de entrar na avenida. | Fernando Soutello/Reuters
Integrantes da Grande Rio: últimos preparativos antes de entrar na avenida. (Foto: Fernando Soutello/Reuters)

Três das quatro escolas mais tradicionais do Rio – Salgueiro, Mangueira e Portela – desfilam hoje na Sapucaí numa noite na qual a maioria das agremiações retrata em suas alegorias e fantasias um tema recorrente no carnaval: a Bahia e sua religiosidade afro-brasileira.

A referência mais explícita é a da Viradouro, última a desfilar, com o tema "Vira-Bahia, Pura Energia’’. A escola de Niterói misturou lendas de orixás e sua relação com a natureza à produção de biocombustíveis.

No Salgueiro, a temática – que já deu fama e títulos à escola – é revisitada no enredo "Tambor’’. Uma das oito alegorias é tem estátuas gigantes de ogãs (ritmistas dos rituais religiosos) tocando atabaques.

Nas fantasias, também poderão se notar a referência à cultura afro tão presente na Bahia – tema que já rendeu o título à escola em 1969, com o clássico "Bahia de Todos os Deuses’’.

Na Imperatriz Leopoldinense, o samba sobre os 50 anos de fundação da escola e sobre o bairro de Ramos – na região da Leopoldina, que empresta o nome à agremiação – fazem referência à Bahia ao retratar o primeiro título da escola: "O que que a Bahia tem’’, de 1980.

Outra tradicional escola a retratar a influência africana é a Portela. Um dos carros fará uma representação do continente, e alas fantasiadas de orixás em seu enredo sobre o amor -batizado de "E por falar em amor, onde anda você?’’.

Sem mencionar diretamente a Bahia e sua influência na cultura e na religião, a Mangueira não deixará de falar da influência do negro no país. O samba da escola fará homenagem ao antropólogo Darcy Ribeiro, cuja referência principal foi seu clássico "O Povo Brasileiro’’.

Talvez a escola mais afetada pela crise, a verde-e-rosa tinha carros inacabados e ainda nas ferragens na última quinta.

Mas as dificuldades não tiraram o ânimo de Roberto Szaniecki, carnavalesco da Mangueira: "A Mangueira virá linda e brigando pelo título’’.

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