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César Paes Leme: olhos atentos sobre o Rio Belém | Diego Pisante/ Gazeta do Povo
César Paes Leme: olhos atentos sobre o Rio Belém| Foto: Diego Pisante/ Gazeta do Povo

Com 432,17 quilômetros quadrados, a bacia hidrográfica de Curitiba sofre diariamente com os poluentes produzidos pela população. Entulhos de construção, pneus, lixo doméstico e toneladas de sujeira descartadas pelos esgotos correm nos leitos dos principais rios da capital e destroem­­ a qualidade da água fluvial do município.

A situação do Rio Belém, com 17,3 quilômetros de extensão, é a mais caótica. Medições feitas pelo Instituto Ambiental do Paraná mostram que ele – que começa e termina em Curitiba – é o mais poluído. A principal causa, segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, são as ligações irregulares de esgoto existentes na região central e em áreas de ocupação.

Para muitos, o desafio de recuperar o Belém e seus afluentes é grande. Mas existem pessoas que já compraram essa briga e estão dispostas a trabalhar diariamente para dar nova vida às águas do rio. Em duas regiões da cidade, moradores que convivem com o Belém adotaram campanhas de preservação dos recursos hídricos e do meio ambiente como bandeira para garantir o futuro da natureza e do bem-estar.

No norte da cidade, onde o Belém nasce, a Associação de Moradores e Amigos do São Lourenço tem conseguido mobilizar escolas, moradores e outras entidades para fiscalizar e cuidar do começo do rio. "Os primeiros oito quilômetros foram divididos e ‘doamos’ um trecho para cada instituição parceira para que ela fosse responsável por ele. O sistema deu tão certo que foi adotado em outras bacias hidrográficas, como a do Barigui", conta o vice-presidente da associação e idealizador do projeto Viva Belém, César Paes Leme.

Nove quilômetros depois, a Vila das Torres recebe grande parte dos resíduos descartados no rio. Porém, a comunidade local age para tentar melhorar o Belém a partir da conscientização de crianças – vistas como multiplicadoras da consciência ecológica. "Desde 2006, plantamos árvores na beira do rio para incentivar as crianças a cuidar dele. A partir desse exemplo, todos se motivam e ajudam a preservar o rio", afirma Marcos Eriberto dos Santos, presidente da Associação de Moradores da Vila das Torres.

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