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Começa hoje, em Curitiba, a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI), evento que debaterá durante os três próximos dias propostas de soluções inovadoras para as cidades do século 21. O evento é gratuito, mas as inscrições são limitadas. As palestras, fóruns e workshops serão realizados na Universidade Positivo, no Campo Comprido.

O evento começará às 17 horas com uma mesa redonda sobre cidades inteligentes e ecossistema de inovação. A abertura oficial, entretanto, será às 19h30. Em seguida, ocorrerá a primeira palestra do especialista em redes Augusto de Franco, autor de 18 livros, entre eles Alfabetização democrática.

A CICI 2014 receberá palestrantes e participantes do mundo inteiro e as palestras irão abordar seis eixos: Mobilidade Urbana, Infraestrutura, Tecnologias Sociais, Empreendedorismo, Viver a Cidade e Eficiência. As duas edições anteriores, realizadas em 2010 e 2011, reuniram mais de sete mil pessoas e cerca de 300 conferencistas.

Além dos palestrantes brasileiros, haverá a participação de conferencistas de outros seis países. Entre as presenças internacionais, destaque para a palestra sobre tecnologias sociais da dinamarquesa Mille Bojer, que passou oito anos na África do Sul em uma ação de combate ao HIV e no auxílio a órfãos e crianças vulneráveis. Outra conferência bastante aguardada é a do norte-americano Shaun Abrahamson sobre sua experiência com startups (empresas inovadoras).

O evento está sendo organizado pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), Universidade Positivo e Prefeitura de Curitiba. Paralelo às palestras, haverá ainda o iCities, fórum para compartilhar e aprofundar o conhecimento das palestras por meio de debates. As inscrições e a programação estão no site www.cici2014.com.

Entrevista

Lucia Awad, Mestre em Microbiologia e Imunologia pela Universidade Federal de São Paulo e doutora em Ciências pela USP

A pesquisadora Lucia Awad propõe a adaptação de conceitos da nanotecnologia para a inovação nas cidades e empresas. Confira uma prévia da palestra que ela dará na manhã da próxima sexta-feira na CICI 2014:

A senhora é formada na área médica, mas sua palestra é focada em inovação empresarial. Como ocorreu essa guinada?

Trabalho a muito tempo na área acadêmica de nanotecnologia. É uma área da ciência que ganhou corpo na academia e percebi que as empresas tinham demanda para inovação, mas os empresários ainda têm medo de inovar. O que proponho é a integração do conhecimento da universidade nas empresas.

Esse conceito também vale para as cidades?

As pessoas buscam mais sustentabilidade, equilíbrio social e qualidade de vida de um modo geral. Mas as cidades mais inovadoras são aquelas cujos cidadãos fazem parte desse cenário e se envolvem nessa busca e que o governo estimula a inovação.

O que define uma cidade inovadora?

Em São Paulo, por exemplo, agora você pode transportar a bicicleta no metrô. Apesar de esse ser um movimento pequeno e que já funciona em países europeus, ele pode mudar completamente as cidades. Além disso, uma cidade inovadora é aquela atrativa para a instalação de grandes empresas e que trata desse conceito já no ensino básico.

E quanto ao papel do cidadão nessa história?

O cidadão tem de participar ativamente da vida da sociedade. Além de estar atento ao que ocorre em redes sociais, por exemplo, ele deve participar mais efetivamente dos governos, por meio de reuniões, fóruns e audiências. Só assim ele terá uma participação efetiva na cidade.

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