Mudança de última hora no roteiro da chegada do papa Francisco ao Rio de Janeiro, na tarde da próxima segunda-feira, incluiu um passeio pelo Centro do Rio, em jipe aberto, antes de seguir para o Palácio Guanabara, sede do governo do estado, onde será recebido pela presidente Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral e outras autoridades. O primeiro contato do pontífice com o povo ocorrerá por volta das 17 horas, logo depois do desembarque na base aérea do Galeão, previsto para as 16 h.
A ideia inicial era que o papa fosse de papamóvel do Palácio São Joaquim, na Glória, para o Guanabara. Por motivo de segurança, depois dos protestos dos últimos dias, que levaram a um reforço na proteção ao pontífice, Francisco chegará de helicóptero à sede do governo estadual. Toda a extensão da rua em frente do Palácio Guanabara, nos dois sentidos, será interditada a partir das 14 horas para carros e também para o público, o que afastará os manifestantes que organizam um protesto no bairro, no fim da tarde.
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Protestos
Na semana passada, um protesto em frente do Palácio Guanabara acabou em confronto entre policiais e manifestantes. Na madrugada da última quinta-feira outro tumulto, com saques e depredações, aconteceu depois de manifestação na porta da casa do governador, no Leblon.
O papa irá de carro fechado da base aérea do Galeão até a Catedral Metropolitana, onde embarcará no jipe aberto. Seguirá pela avenidas Chile, Rio Branco, Araújo Porto Alegre, Graça Aranha, Nilo Peçanha, Rio Branco de novo até o Teatro Municipal, onde embarca em carro fechado para o 3.º Comando Aéreo Regional (Comar), de onde segue de helicóptero até o Palácio Guanabara.
No Centro, o trajeto em carro aberto deve durar menos de meia hora. Segundo um integrante da organização da JMJ, o passeio servirá como "termômetro" para outros trajetos do pontífice no papamóvel. Por causa do passeio do papa pelo centro, a prefeitura vai fechar para carros e proibir estacionamento em várias ruas. O acesso do público será liberado.
PM vai atuar com 14 mil homens por dia
Folhapress
A Polícia Militar do Rio vai empregar 14 mil policiais por dia no esquema de patrulhamento da Jornada Mundial da Juventude. A Praia de Copacabana, na zona sul, receberá o maior efetivo, com 1,5 mil homens por dia nos dois grandes eventos programados: a cerimônia de acolhida, na quinta-feira, 25, e a via-crúcis, na sexta, 26.
Os dois atos terão a presença do papa Francisco, com estimativa de público de 1,5 milhão de fiéis por dia. No Complexo de Favelas de Manguinhos cerca de 500 homens vão acompanhar a visita do papa à comunidade da Varginha, na quinta-feira.
Em Guaratiba, aproximadamente mil policiais vão atuar no patrulhamento. Será montado em Guaratiba um Centro de Comando e Controle da PM para monitoramento do público. Dois blindados e 14 viaturas vão apoiar o patrulhamento nesses locais. Todos os deslocamentos do papa serão acompanhados por 400 policiais militares.
Forças armadas
O patrulhamento da Jornada será reforçado por pelo menos 14 mil militares. Em Guaratiba, cerca de 7 mil homens das três forças atuarão na segurança dos peregrinos e do papa. A visita do pontífice a Aparecida do Norte, em São Paulo, será acompanhada por 4 mil militares do Exército. Outros 2,6 mil das Forças Armadas ficarão aquartelados e poderão ser acionados em caso de emergência.
