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Mariane saiu de Pato Branco para fazer faculdade de Odontologia em Curitiba | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Mariane saiu de Pato Branco para fazer faculdade de Odontologia em Curitiba| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Cotas têm apoio da maioria

Projeto cercado de polêmica, a reserva de cotas em universidades públicas tem apoio da maioria dos habitantes da Grande Curitiba (57%).

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Se há um método no qual o morador da Grande Curitiba confia para "subir na vida", é estudar. Nada menos que 82% deles consideram a educação a principal ferramenta de ascensão social conforme apresentado na primeira edição.

Na raiz dessa relação otimista com os estudos está a qualidade das instituições de ensino da capital – a maior parte dos habitantes julga ótimas as escolas particulares (73%) e as universidades locais (77%), além das escolas públicas, tidas por 58% como superiores às de outros municípios.

"O senso comum diz que o ensino privado tem mais qualidade que o público, mas as notas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) mostram que em ambos os casos temos boas escolas", esclarece a mestre em pedagogia e conselheira municipal de Educação, Ana Lorena Bruel.

No ensino superior, defendem os especialistas, o diferencial de Curitiba está na vasta oferta de universidades (são duas públicas e três particulares) e na formação do corpo docente. "A proximidade com São Paulo, onde estão as instituições pioneiras na pós-graduação, possibilitou que muitos professores se deslocassem para fazer mestrado e doutorado, e que regressassem mais qualificados", avalia a professora do Programa de Mestrado em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), Maria de Fátima Pereira.

Atraída pela qualidade

Foi em busca de uma educação de excelência que, há quatro anos, a então estudante do ensino médio Mariane Mazzutti, 21 anos, deixou Pato Branco, no Sudoeste do estado, para fazer faculdade em Curitiba, depois de ser aprovada no vestibular de Odontologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR). "Eu também passei no vestibular de uma universidade de Cascavel (no Oeste), mas preferi vir para cá porque achei que o ensino teria mais qualidade e seria mais conceituado."

Após concluir a graduação, em 2008, Mariane passou a trabalhar em uma clínica odontológica. A rápida colocação no mercado, acredita a dentista, deve-se à qualidade da formação que teve. "Acho que 90% das minhas expectativas com o curso foram supridas."

Desafio

Com a qualidade reconhecida, as instituições de ensino de Curitiba têm como desafio atrair mais alunos – já que, como mostrou a primeira edição desta pesquisa, 68% dos jovens com idade entre 18 e 24 anos não estão estudando.

Uma das experiências bem-sucedidas nessa tarefa é a educação profissionalizante, especialidade do Instituto Federal do Paraná (IFPR), antiga Escola Técnica da UFPR. "Na educação profissional, o aluno pode fazer o ensino médio aliado a um curso técnico e já terá uma profissão. É uma forma, inclusive, de custear um estudo futuro", explica o reitor do IFPR, Alípio Santos Leal Neto.

A instituição atende presencialmente cerca de 1,5 mil alunos de todo o estado, sendo mais de mil somente em Curitiba – números que devem aumentar até o fim do ano, já que está em curso um projeto de ampliação da entidade.

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