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Estações-tubo viram obras de arte a céu aberto

Artista usa técnica com fitas coloridas para fazer desenhos gigantes em 10 pontos de ônibus da capital. Ação faz parte de divulgação da Corrente Cultural

Os desenhos gigantes vão ser feitos em 10 estações-tubo de Curitiba | Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Os desenhos gigantes vão ser feitos em 10 estações-tubo de Curitiba (Foto: Jonathan Campos/Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Dez estações-tubo de Curitiba estão ficando de cara nova a partir desta semana. Quem passar em frente aos pontos das praças Rui Barbosa, Osório, Eufrásio Correia, Carlos Gomes, Tiradentes e no Terminal do Guadalupe já pode conferir as obras de arte que os enfeitam, com desenhos multicoloridos em grande escala. O material do qual eles são feitos é simples, porém pouco usual: fitas adesivas.

A técnica utilizada é a tapeart ("tape", em inglês, significa fita), comum na Europa e em alguns lugares dos Estados Unidos, mas pioneira no Brasil. O responsável pelos grandes "painéis" é o grafiteiro e artista urbano Michael Devis, de 28 anos, que grafita desde os 13 e que resolveu se aventurar com a nova ferramenta por gostar de desafios. "Conheci a tapeart no começo do ano e me interessei. Para fazer os desenhos, é preciso usar várias camadas de fitas e modelá-las com o estilete", conta. Os materiais são 100% recicláveis e não geram custos para a Prefeitura.

A criação das obras faz parte de uma ação da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) para promover a Corrente Cultural, cuja programação está marcada para começar no dia 3 de novembro. Até a próxima segunda-feira (14), as estações-tubo do Círculo Militar, Praça da Ucrânia, Bairro Novo e Jardim Botânico receberão desenhos feitos por Devis. No dia da inauguração da Corrente, mais um "quadro" será feito num lugar surpresa.

Cada um dos desenhos de Devis é inspirado em grafites que ele já fez no passado. De modo geral, eles são baseados nas "lolitas", garotas com características visuais baseadas numa estética desenvolvida no Japão, país onde o artista morou por quatro anos e meio. "Sou muito influenciado pela arte japonesa, a qual me interessa bastante", explica.

Por enquanto, os curitibanos parecem estar gostando do trabalho. "As pessoas ficam bastante curiosas e, no fim, ficam surpresas com o resultado. Eu estou gostando bastante e quero transformar Curitiba em uma verdadeira galeria a céu aberto", destaca Devis.

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