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“Temos que inverter um pouquinho a lógica da Defesa Civil em todas as esferas, de trabalhar só em emergência. Do ponto de vista técnico, não é o ideal.” | Widio Joffre/Folha de Pernambuco
“Temos que inverter um pouquinho a lógica da Defesa Civil em todas as esferas, de trabalhar só em emergência. Do ponto de vista técnico, não é o ideal.”| Foto: Widio Joffre/Folha de Pernambuco

Como é o processo de liberação dos recursos federais para atendimento a desastres como o que ocorre no litoral do Paraná?

A Defesa Civil trabalha por etapas. A primeira consiste em os municípios ou estado decretarem situação de emergência ou estado de calamidade, enviando documentação que embasa a decisão aqui para a Secretaria Nacional de Defesa Civil. Uma equipe de engenharia faz o reconhecimento da demanda, a partir de critérios técnicos. Depois disso, começam as providências, com a formalização de um plano de trabalho.

O estado do Paraná acabou de decretar calamidade pública em Antonina e Morretes. Deve demorar quanto tempo para que o decreto seja avaliado?

Acabei de pedir ao secretário do governo estadual que participou da audiência com o ministro [José Richa Filho] para que ele me entregue a documentação o quanto antes possível. Chegando aqui amanhã [hoje], espero que no máximo em 48 horas a gente faça o reconhecimento. Tem critérios técnicos, mas pelo que nós acompanhamos desde a sexta-feira, mais as imagens que recebemos, já se justifica o reconhecimento. Não haverá problema.

Então o governo federal garante agilidade?

Vai haver agilidade. A presença do ministro na região afetada é importante porque ele fará um relato pessoal à presidente Dilma Rousseff. Certamente, todo esse conjunto de esforços dará celeridade ao processo.

Quais particularidades o senhor vê no caso paranaense em comparação com outros desastres recentes no Brasil?

Estamos com eventos desse tipo em quase todo Brasil e a tendência agora é que isso vá para a Região Nordeste. A quantidade de chuva, no geral, é o que nos chama mais atenção. Os dados históricos apontam para um aumento cada vez mais significativo das precipitações pluviométricas. Isso nos remete a cuidados de ordem preventiva. Nós temos que inverter um pouquinho a lógica da Defesa Civil em todas as esferas, de trabalhar só em emergência. Do ponto de vista técnico, não é o ideal. O mais importante é planejarmos obras e ações para que quando essas chuvas ocorram não tragam malefícios à população. (AG)

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