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rio de janeiro

Estudante que morreu no Rio não teve caxumba, diz Secretaria de Saúde

Aluna do pH, escola que teve 44 casos da doença, ela ficou internada por 11 dias e teve um quadro de encefalite

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a estudante Juliana de Freitas Guedes, de 14 anos, que morreu na terça-feira passada, não teve caxumba. Aluna do pH, escola que teve 44 casos da doença, ela ficou internada por 11 dias e teve um quadro de encefalite (inflamação aguda no cérebro, desencadeada por vírus ou bactéria). O laudo do Instituto Noel Nutels deu negativo para o vírus da caxumba.

De acordo com o Ministério da Saúde, o esquema de vacinação contra o vírus da caxumba não será alterado – a recomendação é de que as crianças sejam vacinadas aos 12 meses e recebam nova dose aos 15 meses. O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, informou que a maioria dos casos registrados na cidade ocorreu em pessoas não vacinadas.

A vacina fornecida nos postos de saúde é fabricada pela GSK, que está transferindo a tecnologia da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para BioManguinhos, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) responsável pela fabricação de vacinas e biofármacos.

“Não há o menor indício de que a vacina seja ineficaz”, afirmou o pediatra Reinaldo Menezes Martins, consultor científico de BioManguinhos. Ele informou que a instituição fez três testes de efetividade da vacina. No esquema de vacinação aos 12 meses de idade e aos 19 meses, a imunidade chegou a 100%. Testes do Centro de Controle e Prevenção de Doença de Atlanta, nos Estados Unidos, mostram que a efetividade da vacina fica entre 79% e 95% se tomadas doses aos 12 meses e aos 15 meses de idade.

“Na tríplice viral, o componente mais fraco é o da caxumba. Isso é sabido há muito tempo. Mas não estamos tendo nada aqui que já não tenha sido descrito na Europa e nos Estados Unidos”, explicou o médico. Segundo ele, os surtos são cíclicos e reduzem quando diminui o número de pessoas suscetíveis ao vírus.

Dados da Secretaria de Saúde de São Paulo mostram, por exemplo, que os últimos surtos no Estado ocorreram em 2007 e 2008, com 3.426 e 3.394 casos registrados, respectivamente. Nos dois anos, morreram 4 pessoas. “Nada se compara ao período anterior à vacina, quando o que se tinha era uma epidemia de grandes proporções”, afirmou Martins.

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