Os dados ainda são esparsos, mas já é possível vislumbrar a redução no número de homicídios provocados por armas de fogo no Paraná, em 2005. Um exemplo vem de Umuarama. A cidade registrou 37 assassinatos em 2004, sendo 24 por armas de fogo. No ano passado, foram 24 homicídios, sendo 13 por arma de fogo. A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) já divulgou que a campanha do desarmamento resultou numa queda de 8,2% nos casos de mortes por arma de fogo no país.
De dez regiões metropolitanas de capitais brasileiras, as de Curitiba, Belém (PA) e Vitória (ES) foram as únicas que não cumpriram a expectativa de redução de mortes causadas por arma de fogo traçada pela Unesco para 2004. Foram 908 mortes, neste ano, na RMC 6,7% a mais que os 847 óbitos previstos pela Unesco, com base nos números observados desde 1999.
O número de mortes por armas de fogo registrado no país nos últimos dez anos superou o de vítimas de 26 conflitos armados no mundo. Nesse período, morreram no Brasil 325.551 pessoas por armas de fogo. Os dados estão no estudo da Unesco "Mortes Matadas por armas de fogo no Brasil de 1979 a 2003".
A taxa de vítimas de homicídio no Paraná é superior à média da Região Sul, de acordo com a pesquisa "Radar Brasil" do Ministério do Planejamento e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em 2003, o Paraná registrou 25,7 homicídios para cada 100 mil habitantes, contra 11,9 em Santa Catarina e 18 no Rio Grande do Sul. A média nacional é de 29,1.
Curitiba é a sexta cidade brasileira onde há mais risco de morte violenta no país. É o que aponta o ranking feito pelo Ministério da Saúde, com base em dados do ano passado, tendo como referência pesquisas feitas a partir do ano 2000.
O Paraná é o 14.° colocado no ranking de homicídios de jovens nos estados. Considerando a população total, o estado ocupa a 15.ª colocação no ranking, com 22,7 mortes por 100 mil habitantes. Curitiba fica com o 16.º lugar entre as capitais onde mais jovens são assassinados. O dado foi revelado pela quarta edição do Mapa da Violência divulgado ontem e elaborado pela Unesco em parceria com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos e Instituto Ayrton Senna. O estudo leva em conta dados coletados entre 1993 e 2002. (KB)



