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A embaixada dos Estados Unidos emitiu um novo visto para a deputada federal Erika Hilton (PSOL-RJ), no qual ela é identificada com o gênero masculino. A assessoria da parlamentar, que é uma mulher trans, confirmou que ela pretende acionar judicialmente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na ONU, alegando transfobia.
Segundo a assessoria de Erika Hilton, tanto a certidão de nascimento quanto o passaporte diplomático apresentados no processo do visto identificam Erika Hilton com o sexo feminino. O visto anterior, emitido em 2023, também trazia essa mesma identificação.
Trump define diretrizes para reconhecer gênero apenas como feminino e masculino
Logo nos primeiros dias de seu novo mandato, Donald Trump determinou uma revisão interna para eliminar políticas, programas e materiais que tratassem de ideologia de gênero dentro da administração pública.
Um dos primeiros atos assinados pelo presidente foi um decreto que oficializaria o reconhecimento legal de gênero apenas como “masculino” e “feminino”, com base exclusivamente no sexo biológico.
A nova diretriz determina que agências do governo federal, incluindo embaixadas e consulados, passem a utilizar o termo “sexo” em vez de “gênero” em documentos e comunicações oficiais, além de remover políticas e materiais que façam referência à ideologia de gênero promovida na gestão anterior, do democrata Joe Biden.
Questionada sobre a solicitação de Erika Hilton, a embaixada dos Estados Unidos no Brasil informou por escrito, por meio de sua assessoria de imprensa, “que os registros de visto são confidenciais conforme a lei americana” e que, por isso, não comenta casos individuais. A instituição confirmou ainda que, “de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”.
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