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Gestação

Exame revela o sexo do feto na 7.ª semana

Teste de sangue fetal auxilia na descoberta de doenças de gênero no começo da gravidez

Raylene Lewis com a filha Rillyn. Exame feito no começo da gravidez indicava que era esperado um menino | Michael Stravato/The New York Times
Raylene Lewis com a filha Rillyn. Exame feito no começo da gravidez indicava que era esperado um menino (Foto: Michael Stravato/The New York Times)

Um simples exame de sangue, se feito corretamente, pode determinar o sexo do bebê a partir da 7.ª semana de gestação e com grande precisão. A descoberta, segundo especialistas, provavelmente tornará o uso do teste mais generalizado por pais preocupados com a possibilidade de doenças associadas ao gênero ou desejosos de saber o sexo do filho, assim como por pessoas que pensam em intervir na gravidez de forma mais eticamente discutível, selecionando o sexo do bebê.

O teste ganha destaque por confirmar o sexo semanas antes que outros exames (como o ultrassom), por não ser invasivo (como a amniocentese – exame do líquido amniótico) e por não oferecer risco de aborto espontâneo como outros procedimentos. O novo exame analisa o DNA do feto encontrado no sangue da mãe. A descoberta foi publicada na revista The Journal of the American Medical Association.

Esse tipo de exame foi disponibilizado durante alguns anos em farmácias e pela internet. Porém foi limitado porque havia incertezas quanto a sua precisão. De fato, uma empresa que garantia 99,9% de exatidão a partir da 5.ª semana de gestação pediu falência após ter sido processada por um grande número de mulheres – seus bebês eram do sexo oposto ao apresentado no resultado do exame.

A norte-americana Raylene Lewis, 34 anos, teve uma experiência frustrante. Em 2005, ela foi informada que esperava um menino. Ela escolheu o nome, comprou roupas e contou a todos. Quando um ultrassom revelou que ela esperava uma menina, "eu fiquei absolutamente chocada", conta. Ela afirma não ter ficado triste, mas "foi como se o menino tivesse desaparecido", conta.

Na Europa, esses testes são usados por médicos de modo rotineiro. Eles ajudam pais cujos descendentes correm risco de desenvolver doenças associadas ao gênero a determinar se há necessidade de realizar exames genéticos invasivos e caros. Por exemplo, a distrofia muscular de Duchenne, que afeta meninos. Nos EUA, os exames não foram regulamentados.

Com cuidado

O novo estudo analisou testes de DNA fetal de aproximadamente 6,5 mil gestações e descobriu que os testes feitos com cuidado puderam determinar o sexo com precisão de 95%, na 7.ª semana de gestação, a 99% na 20.ª. Para realizar o exame, é feita a coleta do sangue da mãe. Se o cromossomo Y for detectado, o feto é do sexo masculino. A ausência de um cromossomo Y indicaria que o feto é do sexo feminino. Porém pode significar que o DNA fetal não foi encontrado na amostra.

A doutora Diana Bianchi, autora do artigo, afirma que "um aspecto importante do estudo é o fato de ele representar o progresso da assistência pré-natal".

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