Curitiba A expectativa de vida do paranaense atingiu 73,5 anos em 2005, de acordo com a Tábua de Mortalidade do Brasil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta semana. Em 2000, a esperança de vida era de 72 anos. Por sexo, a expectativa de vida dos paranaenses passou de 69 anos, em 2000, para 70,4 anos em 2005 e a das paranaenses de 75,1 anos para 76,7 anos, em 2005.
O Paraná permanece em sexto no ranking nacional da esperança de vida, atrás do Distrito Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Contudo, o Paraná é o estado que tem a pior expectativa de vida na Região Sul.
Já a expectativa nacional atingiu os 71,9 anos, com um ganho de dois meses e 12 dias na esperança de vida ao nascer em relação a 2004. Por sexo, a esperança de vida dos homens é de 68,2 anos e das mulheres é de 75,8 anos, de acordo com a Tábua de Mortalidade divulgada.
Saúde
De acordo com o IBGE, o aumento da expectativa de vida nos estados brasileiros se deve a melhora ao acesso da população aos serviços de saúde, além de campanhas de vacinação, aumento de pré-natais, escolaridade e saneamento. O declínio da mortalidade infantil, com uma queda de 14,3% na taxa entre 2000 e 2005, também, foi um principais fatores. Contudo, 16 estados ainda têm a expectativa de vida abaixo da média nacional.
"A mudança de estilo de vida, com diminuição do sedentarismo, vacinação, dieta, aliada a muita orientação e informações são fatores de incremento na quantidade e na qualidade de vida", avalia o chefe do serviço de geriatria do Hospital Universitário Cajuru, José Mário Tupiná Machado.
Entre as unidades da federação, o Distrito Federal tem a maior esperança de vida: 74,9 anos. Já Alagoas ocupa o último lugar, com uma esperança média de 66 anos.
A Região Sul concentra o maior número de estados com alta expectativa de vida. Em Santa Catarina ela é de 74,8 anos e no Rio Grande do Sul de 74,5 anos. Já a Região Nordeste aparece em última colocada no ranking nacional.
Embora os resultados atestem a persistência das desigualdades em termos de desenvolvimento social, a diferença vem diminuindo ao longo dos anos. Apesar dos estados das regiões Nordeste e Norte ocuparem as últimas posições no ranking das esperanças de vida ao nascer, foram estes, que obtiveram os mais significativos ganhos entre 2000 e 2005. Alagoas, estado com menor expectativa de vida no país, foi o que obteve mais progresso, com uma acréscimo de 2,2 anos de vida média.
"Isto já era esperado, quanto mais baixa é a expectativa de vida, maior será o impacto de mudanças com o incremento de políticas públicas. A partir de um patamar todas as medidas para aumentar a expectativa de vida já estavam sendo tomadas, então é difícil fazer com que aumente mais ainda". explica Machado. Afirmação corroborada pelos números da pesquisa, pois os estados com maior expectativa de vida tiveram, também, os menores acréscimos da vida média. O Distrito Federal teve o aumento de 1,2 ano, Santa Catarina 1,3 ano e o Rio Grande do Sul 1,4 ano.
População
A população do Brasil em 2000 superou os 169 milhões de habitantes, correspondendo a um incremento de 15,7% em relação à população residente no País dada pelo Censo Demográfico de 1991 (146,8 milhões de habitantes).
Com isso, ao longo da década de 1990, o ritmo de crescimento médio anual da população foi de 1,6%. Já o segmento de 65 anos ou mais de idade, no mesmo período, elevou-se em 41%, com uma taxa média de crescimento anual próxima aos 4%. Estima-se que em 2050 deverão existir no país 48,9 milhões de pessoas com 65 anos ou mais de idade.
Outro fator interessante apresentando pelo IBGE é em relação a longevidade feminina que, embora seja maior, não proporciona as mulheres as mesmas chances, obtidas pelos homens, de reestruturarem seus estados conjugais, permanecendo na condição de viúvas, separadas ou divorciadas.



