
As mulheres nascidas no Brasil no ano passado tinham expectativa de vida de 77 anos. No caso dos homens que vieram ao mundo em 2011, a estimativa era de 70 anos e sete meses, cinco meses a mais do que a média dos nascidos em 2010, por exemplo. A redução no número de mortes violentas entre jovens adultos fez aumentar a expectativa de vida de recém-nascidos do sexo masculino entre 2010 e 2011, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No geral, a esperança de vida do brasileiro em 2011 foi de 74 anos, segundo o IBGE.
Em relação a 2000, o aumento na expectativa de vida também foi grande entre os homens, embora as mulheres ainda vivam quase sete anos a mais.
"A mortalidade masculina sempre foi maior que a feminina. Essa redução se deve a uma queda da mortalidade masculina por violência, que é maior na faixa de adultos jovens, entre 25 e 30 anos", disse Fernando Albuquerque, gerente da Coordenação de População e Indicadores Sociais.
Mas, enquanto a esperança de vida ao nascer aumentou, a expectativa de vida para maiores de 60 anos diminuiu. Houve um acerto na metodologia de cálculo, de acordo com o IBGE: como as informações sobre óbitos estão mais precisas, foi possível fazer a conta sem um ajuste que era adotado para essa faixa etária mais adiantada.
"É de se esperar que os óbitos sejam mais bem registrados, porque há questões de pensão, algum bem a herdar. E houve aumento na formalização", disse o gerente de indicadores sociais do IBGE, Juarez de Castro Oliveira.
De acordo com as Tábuas da Mortalidade divulgadas em 2010, um adulto de 60 anos teria, em média, mais 21,4 anos de vida. Em 2011, a expectativa de vida de uma pessoa de 60 anos ficou em 21,2.



