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Paranaguá

Fábrica de fertilizantes paralisa produção após multas por poluição

Primeiras denúncias de problemas ambientais surgiram em reportagem da RPC-TV

Depois de reclamações de moradores da região por causa de fumaça e mau cheiro e de duas multas por poluição, a fábrica de fertilizantes Heringer, localizada no distrito de Alexandra, em Paranaguá, Litoral do Paraná, paralisou as atividades na tarde desta quarta-feira (18) para que pudesse se adequar às exigências do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). O fechamento, segundo a assessoria de imprensa da Heringer, é por tempo indeterminado até que se encerrem as obras, que deverão adequar a fábrica à legislação ambiental.

O IAP exige que a fábrica cumpra em 90 dias diversas medidas na planta de acidulação e granulação da fábrica para que se reduza o impacto dela no meio ambiente e na saúde dos vizinhos. O órgão ambiental ordenou o fechamento adequado das correias de transporte do pátio de armazenamento de enxofre. Além disso exigiu que fosse colocada uma proteção lateral da esteira que abastece as máquinas com o mineral e uma cortina em frente à BR-277. A cortina evitará impacto visual e a dispersão de partículas pelo vento. Segundo a assessoria da Heringer, a empresa optou paralisar as atividades no setor afetado por julgar ser mais seguro fazer as obras sem que ele esteja em funcionamento.

Na terça-feira (17), a fábrica foi multada em R$ 60 mil por emissões de gases na atmosfera acima do permitido pela lei. No dia 28 de janeiro, uma multa de R$ 80 mil foi aplicada porque a empresa estava despejando mais sulfato, produto derivado do enxofre utilizado na fabricação dos fertilizantes, na bacia do Rio Cachoeira que o permitido.

Reclamações de moradores à RPC-TV levaram o IAP a agir

As primeiras denúncias de poluição na fábrica de fertilizantes da Heringer, em Alexandra, surgiram em reportagem veiculada pela 1ª edição do Paraná-TV do dia 13 de janeiro de 2009. Nela os moradores reclamaram estar sofrendo com problemas de saúde por conta da fumaça que saía das chaminés. Ela se espalhava com um forte cheiro por toda a região e provocava nos moradores irritação na pele, olhos e garganta, além de dores de cabeça. Outra queixa era o barulho das máquinas à noite.

Em entrevista concedida na época, o comerciante Pedro Albini afirmava que pretendia unir os moradores para que reclamassem aos órgãos ambientais. Depois, técnicos do IAP visitaram a empresa e colheram amostras para analisar as emissões de gases e o descarte de rejeitos líquidos da fábrica.

Além dos problemas com os órgãos ambientais, a empresa sofreu um outro revés nos últimos dias. Na manhã do dia 13 de fevereiro, a base da tubulação de uma lavadora pegou fogo, espalhando-se pela chaminé da fábrica. O incêndio foi controlado em cerca de duas horas e ninguém saiu ferido, apesar de 20 pessoas estarem trabalhando na fábrica na hora do acontecido.

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