Rompimentos na rede de distribuição de água tratada em Palmeira, nos Campos Gerais, deixaram centenas de moradores desabastecidos na semana passada. O abastecimento voltou ao normal no início desta semana. Nesta quarta-feira (12), a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) vai começar obras de reforço na rede. As torneiras secas irritaram moradores que, nas redes sociais, estimulam os usuários a não pagar a conta à estatal.
A Sanepar tem contratos de fornecimento de água e esgoto em 346 municípios do estado, entre eles, Palmeira. No entanto, o contrato está há três anos sem renovação e, por isso, a companhia depende da renovação para investir na rede de abastecimento. "A Sanepar tem ainda projetos para a ampliação do sistema de abastecimento de água de Palmeira que necessitam da viabilização de recursos de grande porte através de órgãos financiadores e que, para isso, dependem da renovação da concessão. Estes projetos incluem uma nova captação de água tratada, uma nova estação de tratamento de água, novas estações elevatórias, novas adutoras e reforços na rede de distribuição", informou a assessoria de imprensa da companhia em nota enviada ao jornal.
Conforme o vereador e presidente da Câmara, Mário Wieczrek (PP), houve uma reunião nesta terça-feira (11) entre a gerência regional da Sanepar, a Câmara e o Ministério Público para debater o impasse. "O problema de desabastecimento não tem a ver com a não renovação do contrato, mas o contrato seria uma forma de a Sanepar ter segurança para investir. O rio de captação, por exemplo, está comprometido", comentou. Não foi encontrado nenhum responsável na prefeitura para informar sobre o contrato.
A Sanepar capta água do rio Pugas para atender a 7.314 domicílios. Os bairros que mais sofrem com a falta de água são o Rocio II e a Colônia Francesa. A usuária da Sanepar, Elisete Kuchuminski, mora no Rocio I e diz que a falta de água se arrasta há um ano e meio. Entre a última quarta-feira (5) e domingo (9) a residência dela ficou sem água. "Eu tive que tomar banho de caneca. É um pouca vergonha o que está acontecendo", reclamou.
