
Reclamações referentes à segurança das operações e serviços bancários lideram o ranking de queixas de usuários elaborado pelo Banco Central (BC). Trata-se de situações em que há indícios de que a instituição bancária não assegurou a integridade e a segurança das transações realizadas bem como a confiabilidade das relações com o cliente. Além de problemas relacionados à segurança, foram levantados outros 91 motivos de dor de cabeça para o usuário entre os meses de julho e dezembro de 2014.
No total, o Banco Central recebeu 16.076 reclamações. As cinco queixas mais frequentes, que juntas somam 6.898 registros, referem-se a irregularidades na legitimidade das operações contratadas e serviços prestados. São elas o uso de cartão de crédito roubado ou clonado; o débito em conta de depósito sem autorização do cliente; a restrição à realização de portabilidade de operações de crédito consignado; a cobrança irregular de tarifa por serviços não contratados e a insatisfação com a resposta recebida do banco após reclamação registrada no BC.
Vazamento de dados pessoais (quebra de sigilo bancário) e tentativas de violação da conta corrente por fraudadores também estão entre as reclamações mais comuns.
No Paraná
O fenômeno da bancarização, em que todos têm acesso ao sistema bancário, gerou o pressuposto de que não há necessidade de explicações e informações. Mas é direito do consumidor ser informado e dever do fornecedor informar.
No estado, de acordo com o Procon-PR, entre 2013, 2014 e março de 2015, foram realizadas mais de 13 mil atendimentos de problemas relacionados a bancos. As ocorrências mais relatadas são cobranças indevidas (3.668), alterações ou descumprimento contratual (2.469) e dúvidas sobre cálculos de prestação e taxas de juros (1.021).
Há também queixas sobre filas, falta de resolução de demandas e antecipação de financiamentos. Se somadas aos atendimentos sobre cartão de crédito (5.808), o número de ocorrências associadas ao universo bancário chega a 19 mil, configurando-se a maior causa de dor de cabeça para consumidores paranaenses.



