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Outro caso

Outro IPM foi aberto depois da morte de um jovem de 21 anos por policiais militares na madrugada de quinta-feira (9). O caso provocou revolta nos moradores da Vila Torres, em Curitiba. Familiares e moradores acusam policiais militares de terem executado o rapaz, que não teria oferecido resistência, sem motivos. A versão da Polícia Militar dá conta de que os policiais revidado os disparos. André Santos das Neves não tinha antecedente criminal.

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Uma família de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, acusa policiais militares de torturarem três rapazes na noite de domingo (12). A PM confirma ter sido acionada para intervir na festa depois de uma queixa de som alto, mas diz que apenas reagiu às agressões dos rapazes.

No final da tarde, cerca de quinze pessoas comemoravam o aniversário de 20 anos da costureira Graziela Camargo Ribeiro na casa dela no bairro Boneca do Iguaçu. Por volta das 17h30, três equipes policiais teriam ido até a festa. "Eles chegaram empurrando todo mundo, inclusive minha filha de quatro anos e a minha avó de 93", acusa Graziela.

Duas pessoas teriam tirado fotos da suposta violência dos policiais, mas os policias teriam quebrado um aparelho e forçado o dono do outro aparelho a apagar os arquivos. Um familiar, que não quer ter o nome divulgado, diz estranhar a quantidade de policiais para uma queixa simples como som alto, que poderia ser resolvida "na base da conversa, com apenas um policial".

A aniversariante acredita que a truculência se deu por que um dos policiais quis se exibir para a namorada, que mora diante da casa. O marido de Graziela, Rafael Coutinho do Azevedo, 24 anos, o sobrinho Alison Coutinho Andrade de 19 anos, e o amigo Jeferson Aparecido de Azevedo foram levados pela polícia até o Juizado Especial Criminal da cidade. Lá os três jovens dizem ter sido torturados.

"Eles bateram nos meninos com um cabo de vassoura em um cano de PVC", afirma a costureira. Além disso, o trio teria sido obrigado a limpar o próprio sangue e assinar uma declaração em que se responsabilizavam por danos ao carro da polícia. "Foram os próprios policiais que quebraram a viatura", relata Graziela. Os três só teriam sido liberados às 22h30, graças ao pedido de um advogado.

IPM

O tenente Marco Maia, da 1ª Companhia do 17º Batalhão da Polícia Militar, diz que os policiais que atenderam a ocorrência negaram as acusações da família. Segundo a versão dada à corporação, os três rapazes levados pelos policiais estavam embriagados e teriam tentado bater nos policiais. Isso teria forçado a detenção do trio. Os danos causados a viatura teriam sido feito pelos rapazes, segundo os policiais.

"Independente do conflito de versões, um IPM (Inquérito Policial Militar) será aberto para apurar o caso. Caso comprovada a culpa dos policiais, serão punidos com o rigor da lei", afirma Maia.

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