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Violência

Familiares de corretora se revoltam com falta de segurança

Cláudia Mader Munhoz foi assassinada na última quinta-feira, durante um assalto, no bairro Bigorrilho, em Curitiba

Tristeza e perplexidade no velório de Cláudia | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Tristeza e perplexidade no velório de Cláudia (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

No velório da corretora de imóveis Cláudia Mader Munhoz, 55 anos, assassinada após um assalto no Bigorrilho na quinta-feira, o clima era de indignação com a fragilidade na segurança pública. Poucas horas antes do sepultamento, ocorrido às 17 horas de ontem, familiares preferiram não comentar detalhes do crime, mas reforçaram a revolta com a repetição de casos. Somente no primeiro semestre, foram 11 latrocínios em Curitiba. "Se ela estivesse numa rua deserta, de madrugada... Mas estava trabalhando, à luz do dia, numa rua movimentada, e foi brutalmente assassinada. O cidadão não pode só lamentar e voltar a assistir à novela, não podemos ser tão carneiros assim", protestou Anita Maria Munhoz, tia da corretora.

Segundo Anita, amigos e familiares cogitam fazer uma manifestação pacífica, nos próximos dias, para pedir mais segurança. "Isso não pode continuar acontecendo. Era uma mãe de família, que ajudava o filho, os pais. Ela já tinha entregado o carro, era só irem embora, mas atiraram cruelmente. Não podemos nos calar, temos de lutar por mudanças, como a deputada [eleita Christiane Yared] lutou depois da morte do filho."

Cláudia era corretora de imóveis há menos de cinco anos, segundo a tia. Ela tinha um casal de filhos – a filha veio dos Estados Unidos para o velório. "A última vez que a vi foi no casamento do filho dela, em agosto. Ela estava tão linda, fez uma homenagem aos noivos no microfone. Foi uma festa bonita. A família é muito religiosa, não está revoltada com Deus, mas com essa situação. Isso não pode continuar."

Cláudia morreu após ser atingida por dois disparos na Rua Gastão Câmara, entre a Alameda Júlia da Costa e a Rua Martim Afonso, no Bigorrilho. O crime ocorreu por volta das 14h20 da última quinta-feira. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a vítima se despede de um casal de clientes, para quem acabara de mostrar um imóvel, e é abordada pela dupla de assaltantes. Ela se recusa a entregar a bolsa e tenta fugir, quando um dos assaltantes dispara. Cláudia morreu na hora.

O veículo dela, usado na fuga dos criminosos, foi encontrado pela Polícia Militar, por volta das 8h15 de ontem, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Segundo o delegado Guilherme Rangel, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) – que investiga o caso –, ainda não há informações sobre o paradeiro dos criminosos.

Um retrato falado do autor dos disparos, com base no depoimento de duas testemunhas, está sendo divulgado nas redes sociais. O suspeito aparenta ter entre 18 e 22 anos, cor de pele parda clara e 1,70 m de altura. A pedido da polícia, quem tiver qualquer informação pode ligar para o telefone (41) 3314-6400.

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