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A Associação dos Familiares das Vítimas do Voo Air France 447 protocolou na segunda-feira (24) na Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para que o acidente seja investigado também no Brasil.

No ofício, os parentes dos passageiros da aeronave que caiu no Oceano Atlântico, quando fazia o trajeto Rio-Paris, na noite do dia 31 de maio, pedem ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a abertura de uma investigação para apurar as responsabilidades penais referentes ao acidente.

De acordo com a associação, o governo brasileiro delegou à França a exclusividade na apuração do acidente, que deixou 228 passageiros mortos, sendo 58 brasileiros. Para o diretor da associação, Nelson Faria Marinho, as investigações realizadas até o momento pelas autoridades francesas apresentam indícios de que houve falhas em dispositivos de controle da aeronave Airbus A-330.

No documento, os parentes das vítimas acrescentam que há indícios de que o projeto do avião possuía falhas que teriam sido ignoradas pela Air France e pela fabricante Airbus. Procurado pelo G1 nesta quarta-feira (26), o procurador-geral da República, disse que ainda não começou a analisar o pedido.

O diretor-executivo da associação, Maarten Von Slujys, criticou a suspensão das buscas pelas caixas-pretas do Airbus, anunciada semana passada pelo governo francês. Segundo ele, "tratou-se de mais uma artimanha, na qual a entidade designada para os trabalhos de investigação beneficia as duas outras partes envolvidas, ou seja, a companhia aérea e a fabricante da aeronave, com a supressão das buscas".

"Uma vez determinadas as responsabilidades criminais, requer sejam promovidas as medidas cabíveis para garantir a punição criminal dos responsáveis", pede a associação no ofício protocolado na PGR.

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