• Carregando...

Mais de 70 barracos foram removidos pela Guarda Municipal de uma área da prefeitura de Curitiba na Rua Lauro Shereiber, no Bolsão Sabará, na Cidade Industrial, na manhã deste domingo (20). Cerca de 200 famílias ocuparam o terreno, atrás de um campo de futebol, em protesto contra a demora da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) na contemplação de inscrições feitas há seis anos.

Expulsos, adultos e crianças se organizaram em uma área ao lado, que faz parte dos imóveis da Curitiba S.A. Ergueram novas lonas e montaram uma cozinha coletiva. Seis viaturas da Guarda Municipal fazem a segurança do terreno desocupado por duas vezes desde sábado e guardas fortemente armados e com escudos observam de longe a movimentação do grupo. Segundo a assessoria da prefeitura, os guardas serão mantidos para que o local não seja mais invadido. Cohab, Guarda Municipal e governo estão acompanhando o caso. Técnicos da Cohab acompanharam a retirada das famílias no sábado. Na tarde desta segunda-feira, nenhum representande da Cohab esteve no local.

DesrespeitoPara as famílias, que moram no entorno do Bolsão Sabará, a situação é insustentável. O grupo não tem liderança, mas Tatiane Linhares, 24 anos, diz que já foi feito o cadastro de 213 famílias. De acordo com ela, todas vivem de aluguel ou moram de favor na casa de parentes.

Tatiane é casada e mora na Vila Conquista. Paga R$ 350 de aluguel, mais água e luz, e espera que o cadastro feito há seis anos na Cohab seja contemplado. "Queremos uma resposta e uma solução", afirma.

Outros moradores dizem que não deixarão a área. A primeira ocupação no campo de futebol ocorreu no início da noite de sábado. "Eles foram embora e nós voltamos. Hoje, os guardas retornaram e nos tiraram de lá. Removeram as lonas e colocaram fogo", conta. Alguns moradores dizem que foram ameaçados pelos guardas.

Segundo a Guarda Municipal, a retirada dos barracos e das famílias foi feita de forma pacífica. O supervisor Carlos Oliveira, da regional da CIC, afirmou que os guardas permanecerão na área enquanto houver pessoas no local.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]