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Eleições

Fantasma da perda de votos da classe média ronda petistas

Brasília – Apontado como um dos fatores decisivos para a derrota do PT em capitais importantes do país nas eleições municipais de 2004, o fantasma da perda do votos da classe média volta a assombrar a campanha petista. Auxiliares diretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes do comando do PT admitem que a campanha vem perdendo densidade junto a essa camada. O governo começa a apresentar medidas que ajudem a reverter o quadro.

Dirigentes petistas já detectaram alguns pontos que têm feito a candidatura de Lula perder espaço junto à classe média. Segurança, tributação e tarifas elevadas, crise no setor aéreo no período próximo às férias escolares e a chamada MP dos Domésticos (que obriga patrões a recolher Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para empregados domésticos e pagar multa de 40% na demissão sem justa causa) são alguns dos problemas na mesa de discussões dos estrategistas.

Alguns movimentos têm sido feitos para aliviar a insatisfação da classe média. Na quarta-feira passada, o governo anunciou a decisão de reduzir tarifas das contas telefônicas, numa diminuição média do custo de ligações em telefonia fixa em torno de 0,50%.

É a primeira redução nas tarifas desde a privatização do setor, há oito anos, e contraria as operadoras que tinham pedido autorização à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para aumentar as tarifas em 4,5% para ligações locais. A Anatel recusou.

Empréstimos

Outra providência foi a conversa entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com os diretores dos bancos oficiais (Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste), quinta-feira, recomendando que aumentem os empréstimos às pessoas física e jurídica, além de reduzir os custos dos financiamentos.

E o governo já revê o formato da MP dos Domésticos. O presidente deve vetar o pagamento da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa.

O governo também autorizou em abril o reajuste de 8% nas faixas salariais englobadas pela tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física. Com a tabela defasada, cada vez mais pessoas deixavam de ser isentas ou mudavam para alíquotas de pagamento mais elevadas por conta das reposições salariais.

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