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Violência

Favela da Rocinha tem segundo policial morto após início da pacificação

Diego Bruno Barbosa Henriques ingressou no curso de soldados da PM em novembro de 2011

Faltando uma semana para a inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha, foi registrada a segunda morte de um policial militar em confronto com bandidos da comunidade, no fim da noite de quinta-feira (13). O soldado Diego Bruno Barbosa Henriques, de 25 anos, foi morto com um tiro no rosto quando fazia patrulhamento na localidade conhecida como Beco 99, nas proximidades da Estrada da Gávea e do Colégio Americano. A inauguração da UPP da Rocinha está prevista para a próxima quinta-feira (20). A unidade terá o efetivo de 700 policiais.

De acordo com o major Edson Santos, coordenador de policiamento da favela da Rocinha, Diego e outros três policiais patrulhavam a favela a pé quando foram surpreendidos por pelo menos dois homens armados com um pistola. "O soldado entrou em beco e se deparou com o criminoso armado, que atirou em seu rosto. O policial caiu no chão. O segundo policial atirou contra os bandidos, mas eles conseguiram fugir", explicou o major.

Os bandidos deixaram para trás dois carregadores de pistola de calibre 9 milímetros. O soldado Diego foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu aos ferimentos e já chegou morto a unidade. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios (DH).

Formado policial a cerca de um mês, Diego ingressou no curso de soldados da PM em novembro de 2011. Atualmente ele era lotado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) da PM e integrava o efetivo que faz o policiamento da Rocinha.

Diego é o segundo policial morto por criminosos na Rocinha. No dia 4 de abril o cabo do Batalhão de Choque Rodrigo Alves Cavalcante, de 33 anos, também foi morto por um traficante quando fazia patrulhamento na favela. O cabo foi baleado ao abordar um suspeito numa das vielas da comunidade. O assassino, que disparou um único tiro e fugiu, deixou cair numa laje uma bolsa com balas calibre 9 mm e um documento de identidade. Identificado como Edilson Tenório de Araújo, de 42 anos, ele foi preso em maio, após se apresentar a polícia e negando ter atirado contra o PM.

Após o assassinato do cabo, a polícia anunciou a transferência do centro de controle da ocupação para o alto da favela, no Parque Ecológico da Rocinha, situado na localidade de Portão Vermelho. A nova localização da unidade, instalada num contêiner, permitiria melhor visão da comunidade além de facilitar a distribuição das equipes pelas 12 áreas de patrulhamento da Rocinha.

Entre novembro de 2011, quando a Rocinha foi ocupada pela PM, e março passado foram registradas outras oito mortes ligadas a disputas entre dois grupos rivais de traficantes. Uma das vítimas foi o líder comunitário Vanderlan Barros de Oliveira, o Feijão, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Barcelos. Feijão foi assassinado no dia 26 de março nas proximidades da Via Ápia.

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