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Faltando uma semana para a inauguração da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela da Rocinha, foi registrada a segunda morte de um policial militar em confronto com bandidos da comunidade, no fim da noite de quinta-feira (13). O soldado Diego Bruno Barbosa Henriques, de 25 anos, foi morto com um tiro no rosto quando fazia patrulhamento na localidade conhecida como Beco 99, nas proximidades da Estrada da Gávea e do Colégio Americano. A inauguração da UPP da Rocinha está prevista para a próxima quinta-feira (20). A unidade terá o efetivo de 700 policiais.

De acordo com o major Edson Santos, coordenador de policiamento da favela da Rocinha, Diego e outros três policiais patrulhavam a favela a pé quando foram surpreendidos por pelo menos dois homens armados com um pistola. "O soldado entrou em beco e se deparou com o criminoso armado, que atirou em seu rosto. O policial caiu no chão. O segundo policial atirou contra os bandidos, mas eles conseguiram fugir", explicou o major.

Os bandidos deixaram para trás dois carregadores de pistola de calibre 9 milímetros. O soldado Diego foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, mas não resistiu aos ferimentos e já chegou morto a unidade. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios (DH).

Formado policial a cerca de um mês, Diego ingressou no curso de soldados da PM em novembro de 2011. Atualmente ele era lotado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) da PM e integrava o efetivo que faz o policiamento da Rocinha.

Diego é o segundo policial morto por criminosos na Rocinha. No dia 4 de abril o cabo do Batalhão de Choque Rodrigo Alves Cavalcante, de 33 anos, também foi morto por um traficante quando fazia patrulhamento na favela. O cabo foi baleado ao abordar um suspeito numa das vielas da comunidade. O assassino, que disparou um único tiro e fugiu, deixou cair numa laje uma bolsa com balas calibre 9 mm e um documento de identidade. Identificado como Edilson Tenório de Araújo, de 42 anos, ele foi preso em maio, após se apresentar a polícia e negando ter atirado contra o PM.

Após o assassinato do cabo, a polícia anunciou a transferência do centro de controle da ocupação para o alto da favela, no Parque Ecológico da Rocinha, situado na localidade de Portão Vermelho. A nova localização da unidade, instalada num contêiner, permitiria melhor visão da comunidade além de facilitar a distribuição das equipes pelas 12 áreas de patrulhamento da Rocinha.

Entre novembro de 2011, quando a Rocinha foi ocupada pela PM, e março passado foram registradas outras oito mortes ligadas a disputas entre dois grupos rivais de traficantes. Uma das vítimas foi o líder comunitário Vanderlan Barros de Oliveira, o Feijão, presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Barcelos. Feijão foi assassinado no dia 26 de março nas proximidades da Via Ápia.

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