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Justiça

Fazendeiro é preso por morte de freira

Regivaldo Pereira Galvão é acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang. Crime teria ligação com disputa de terras na Amazônia

Dorothy Stang: freira que defendia direitos humanos foi assassinada no Pará | Carlos Silva/Imapress
Dorothy Stang: freira que defendia direitos humanos foi assassinada no Pará (Foto: Carlos Silva/Imapress)

O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, foi preso nesta sexta-feira, no Pará, por grilagem e estelionato. A prisão preventiva foi pedida pelo Ministério Público Federal, após a descoberta da tentativa de negociação do lote 55, em Anapu, na região da Transamazônica. As informações são da Agência Brasil, veículo oficial de informações do governo federal.

"Ele se apropriou do lote, depois negou essa apropriação. Ele, como era conhecido na região, foi preso porque a Polícia Federal descobriu documentos falsos de grilagem", disse o procurador da República Felício Pontes, que acompanha o caso.

Esse mesmo lote já havia sido grilado por um fazendeiro, mais conhecido como Taradão, nos anos 1990. Pontes disse que, durante a investigação, os depoimentos do fazendeiro sobre a posse das terras foram contraditórios.

De acordo com a Procuradoria da República no Pará, o inquérito da PF, que investiga a grilagem, pode dar origem a um processo criminal do MPF contra Galvão, que pode ficar preso até o final do processo.

Acusado como mandante do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, Regivaldo Pereira Galvão ficou preso por mais de um ano, mas em 2006 conseguiu um habeas-corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) e aguardava o julgamento em liberdade.

Em novembro, religiosas da Congregação Notredame, à qual pertencia Dorothy, apresentaram provas de que Galvão teria fraudado documentação, que comprovariam a posse do lote 55.

Após ser detido, o fazendeiro foi levado para a Polícia Federal em Altamira. Segundo a Procuradoria da República no Pará, o fazendeiro também responde a outras ações judiciais, por trabalho escravo, crimes ambientais e fraudes.

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