Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Lista de Falecimentos - 29/08/2015

Fé e consolo no velório dos católicos e dos evangélicos

 | Arte: Felipe Lima
(Foto: Arte: Felipe Lima)

A despedida dos entes queridos no Cristianismo é repleta de rituais e celebrações que homenageiam a pessoa que se foi e também tem o objetivo de consolar os familiares. Em comum, os católicos e os evangélicas têm a esperança da vida eterna e isso se dá por meio da fé em Jesus Cristo.

“Atendi uma senhora nos momentos finais de sua vida que me disse: ‘Padre, vou morrer hoje’. Eu perguntei se ela estava com medo e a resposta dela foi uma lição para mim: ‘Não, Jesus vem me buscar. O padre está aqui, vai me preparar bem e eu tenho certeza que vou com Jesus’”, conta o padre André Buchmann, reitor do Santuário de São Francisco das Chagas, em Paranaguá. No catolicismo, explica Buchmann, a Igreja participa dos momentos felizes e tristes da vida do cristão e precisa estar presente também nas últimas homenagens.

O velório católico tem muitos em símbolos: velas, crucifixo, terço, orações e bênçãos. A convicção é de que o corpo acaba, mas a alma não. “É obra de misericórdia enterrar os mortos e rezar por eles. Rendemos homenagens ao corpo por ter sido nesta terra Templo do Espírito Santo de Deus, rezamos pela salvação da alma e esperamos a ressurreição da carne quando a Deus aprouver. Essa é a razão da presença do sacerdote no velório para a encomendação dos defuntos. Não faz nenhuma mágica, mas suplica a Deus o perdão e a salvação para o falecido”, explica o padre.

A devoção a Nossa Senhora também é lembrada no velório. Ao rezar o terço, o devoto pede “Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte, amém”, por isso, a família faz novamente a oração durante a despedida. “Tenho a firme certeza de que só depois da nossa morte é que vamos entender a importância e a necessidade de rezarmos pelos falecidos. Confiamos no poder da oração, na abrangência da misericórdia de Deus. Não podemos perder as oportunidades valiosíssimas de fazer o bem e rezando por quem já se foi”, afirma o sacerdote.

Evangélicos

Nas igrejas evangélicas, as celebrações têm dois propósitos, segundo o pastor Nivaldo Cavallari, da Primeira Igreja Batista de Paranaguá: “O consolo da família e o alerta para os que estão vivos e não tem a mesma certeza, a mesma convicção – fé – daquele que partiu”. Não há símbolos durante o velório e o enterro. Os costumes estão nas músicas entoadas, nas orações feitas durante a cerimônia e no auxílio aos familiares. “Quando a família é ligada à igreja, a primeira coisa que se faz quando alguém morre é avisar o pastor. Ele deixa o que estiver fazendo e vai dar assistência aos familiares, pois pelo falecido não há mais o que fazer ”, afirma Cavallari. No protestantismo, a morte finaliza a vida terrena e dá início à vida de glória. Por isso, a igreja busca mostrar à família que haverá saudade, mas que esse espaço será preenchido por Cristo.

“Tivemos um rapaz casado que morava em Brasília e a família residia em Paranaguá. Ele resolveu retornar para ficar perto da família e retomar a vida religiosa. No trajeto, na cidade de Prata (MG), houve um acidente com o caminhão da mudança e ele morreu. Nós mobilizamos a igreja da cidade, que prestou a primeira assistência, e eu fui responsável por contar para a mãe dele sobre o acontecido. O consolo da mãe foi saber que o filho havia reafirmado a fé em Cristo”, destaca. Para os evangélicos, a salvação não acontece pelo fato de a pessoa frequentar ou não a igreja, mas porque elas aceitaram Cristo como o Salvador. “Nós não temos o direito de julgar ninguém”, explica o pastor.

Lista de Falecimentos - 29/08/2015

Condolências

Deixe uma homenagem a um dos falecidos

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.