A prefeitura de Curitiba decidiu que a feira que é realizada diariamente na Rua José Bonifácio, ao lado da Catedral Nossa Senhora da Luz, não será mais realizada a partir do dia 18 de abril. No entanto, os feirantes que mantêm barracas no local prometem não deixar o ponto. A líder dos comerciantes, Elvira Terezinha da Silva, que têm uma barraca de pastel, alega que os feirantes estão a mais de 20 anos comercializando no local e que não vão sair. "A prefeitura fala que vai tirar a agente à força. Mas a gente não vai sair. Vamos continuar montando as barracas normalmente", disse.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, alguns comerciantes se recusaram a receber a notificação que informava o fim da feira. Os feirantes foram convocados para uma reunião para discutirem os possíveis locais para onde as barracas poderiam ser transferidas.
Para os artesãos e para duas barracas de pastel, a prefeitura ofereceu espaços na Feira do Largo da Ordem, que é realizada aos domingos. Para os que mantêm barracas de produtos industrializados, serão ofertadas áreas de comércio ambulante fora do Centro. Outras duas barracas de alimentação serão realocadas em feiras gastronômicas da cidade.
Segundo Elvira, no entanto, os comerciantes terão prejuízos ao deixar a área. O grupo tem um advogado, que estuda recursos para impedir a extinção da feira. "Nós estamos há mais de 20 anos na feira. Já fizemos nossa clientela", apontou a feirante. Desde o início do ano, as barracas funcionam sem alvará, porque a prefeitura não renovou as licenças neste ano.
Interesse público
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, em 2009, a extinção da feira é "de interesse público" e foi deliberada em conjunto por uma série de órgãos municipais, para a execução de um projeto de revitalização do entorno da Catedral.
Realizada todos os dias, das 8h às 18h, a feira da Rua José Bonifácio acontece há 23 anos. Os alvarás para a permanência de barracas de alimentação são expedidos pela Secretaria de Abastecimento e as permissões para artesão são concedidas pelo Instituto Municipal de Turismo. As licenças têm validade anual e custam R$ 120, mas não foram renovadas neste ano.



