
Os feriados do Natal e do ano-novo nas rodovias estaduais foram menos violentos do que no ano passado, de acordo com os dados parciais divulgados pela Polícia Rodoviária Estadual no início da noite de ontem. Com o objetivo de oferecer segurança aos motoristas, as operações especiais seguiram em atividade até o final de domingo. O balanço completo será divulgado hoje. A Polícia Rodoviária Federal não informou os dados parciais das ocorrências do fim de ano e também deve divulgar os índices completos hoje.
Os números mais favoráveis se devem, principalmente, à violência do feriado do Natal de 2007, que chegou a ser denominado de "Natal Sangrento". Os 23 mortos nas rodovias estaduais se somaram a outros 18 das estradas federais. Situação foi revertida no réveillon. A Polícia Rodoviária Federal ampliou a fiscalização e comemorou a virada de ano sem óbitos. Na época, a PRF afirmou que a colocação de mais radares e etilômetros foi responsável pelo índice zero.
Porém, caso sejam considerados apenas os períodos de réveillon, as comemorações deste ano foram mais agressivas. Este ano-novo teve mais mortes nas rodovias: 15 contra 12, em 2008. A violência se reflete no número de acidentes: foram nove a mais do que na virada 2007-2008. Apesar do maior número de acidentes, o registro de feridos foi menor: 174 em vez de 190. Conforme a PRE, a tendência é que, a cada ano, o número de óbitos, acidentes e feridos seja maior. Mesmo que os números sejam mais altos, é necessário levar em conta a frota total de veículos do estado, que cresce a cada ano, para se ter a verdadeira noção das ocorrências. No meio de novembro, conforme o Detran, o Paraná registrava mais de 4,3 milhões de carros 1,1 milhão somente na capital.
Sem mortos
Nas rodovias estaduais do litoral paranaense não houve mortos até o final de sábado. Em quatro dias, 43 acidentes com 15 feridos foram registrados. Na volta para Curitiba, o sistema Ecovia, formado pelas rodovias BR-277, PR-508 e PR-407, teve trânsito sete vezes maior do que os dias de tráfego comum. As operações especiais deflagradas para dar fluidez ao trânsito conseguiram vencer o fluxo de veículos. Não foram registrados congestionamentos, apesar do grande movimento. Algumas medidas adotadas foram inéditas, como a inversão do sentido Curitiba-Litoral em três quilômetros da BR-277 (sobre os viadutos dos Padres e Caruru). "Consideramos todas essas operações essenciais para um bom deslocamento dos motoristas", explica o gerente de atendimento ao usuário da Ecovia, Elio Nogueira.
Dificuldades
Ao contrário de Curitiba, a maior parte dos motoristas paulistas que tentaram voltar para casa encontrou trânsito lento e precisou de muita paciência. No Sistema Anchieta-Imigrantes, houve formação de congestionamentos de até oito quilômetros em vários pontos. Em Minas Gerais, o elevado índice de acidentes em decorrência do tráfego intenso chegou a fechar pistas, como a BR-381, que liga Belo Horizonte ao litoral do Espírito Santo.



