• Carregando...

A dificuldade para engravidar naturalmente atinge em média 20% dos casais que desejam ter filhos. "De cada dez casais que querem engravidar, dois apresentam alguma dificuldade e precisam de assistência", diz César Augusto Cornel, médico do Embryo – Serviço de Reprodução Humana do Hospital Santa Cruz. Com técnicas como a fertilização in vitro e a inseminação artificial, no entanto, atualmente é possível ajudar boa parte desses casais.

O problema é o preço. Na rede pública, só quatro centros médicos prestam o atendimento – as universidades federais do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Rio Grande do Sul, além do Hospital Regional de Brasília –, mas os casais precisam pagar os medicamentos utilizados no procedimento. Nas clínicas particulares, os tratamentos superam os R$ 10 mil. Boa parte desse valor se deve aos caríssimos medicamentos para estimular a ovulação, que, segundo Marcelo Cequinel, do Embryo, custam cerca de R$ 5 mil durante a preparação de uma fertilização in vitro.

Com o objetivo de reduzir o preço da reprodução assistida, o laboratório suíço Serono, que fabrica esse tipo de medicamento, lançou o Projeto Acesso, em parceria com clínicas de reprodução humana de apenas duas cidades brasileiras: Belo Horizonte e Curitiba. Na capital paranaense, são quatro clínicas: Androlab, Centro Paranaense de Fertilidade, Embryo e Feliccita.

Valores

Os descontos nos remédios devem ser de 50%, em média. Mas essa não é a única vantagem dos casais que participarem do projeto. "As clínicas parceiras fizeram um acordo para baixar e tabelar o preço do serviço. A nossa clínica, que cobra normalmente R$ 5.600, vai cobrar R$ 3.400 dos casais do Projeto Acesso", explica Cequinel. Com isso, um tratamento que poderia custar cerca de R$ 10 mil, pode baixar para R$ 6 mil ou menos. Ainda assim o preço é alto, mas há muita gente se animando, como o casal Renata e Antonio Enes, que já se inscreveu para participar do projeto. "Faríamos de qualquer jeito, mas a oportunidade de pagar menos nos motivou ainda mais", diz Antonio.

Para conseguir os benefícios do programa, os casais devem procurar uma das quatro clínicas inscritas. Havendo a indicação médica, preenche-se um cadastro, que é enviado para a empresa Vidalink, responsável pela triagem dos casais. Uma das exigências é que os rendimentos do casal, somados, não excedam a R$ 5.150 – esse valor deve ser comprovado por meio das declarações do Imposto de Renda. Em cinco dias úteis é dada a resposta da aprovação ou não do casal. A Serono disponibilizou 10 mil ampolas de medicamento para o projeto no Brasil, o que permitirá cerca de 500 ciclos – cada ciclo significa uma tentativa de fertilização.

Serviço: Androlab, fone (41) 3352-2544; Centro Paranaense de Fertilidade, fone (41) 3262-1242; Embryo, fone (41) 3244-6461; Feliccita, fone (41) 3334-4443.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]