
Em julho de 1933, famílias alemãs tomaram posse de terras localizadas a dez quilômetros de Castro, nos Campos Gerais. Eles abriram estradas, ergueram casas, plantaram grãos e desenvolveram a pecuária leiteira. Hoje, o vilarejo chamado Terra Nova tenta manter as tradições dos antepassados. Neste final de semana, uma festa vai marcar os 80 anos da chegada dos imigrantes à região.
Os alemães enfrentavam dificuldades no período após a 1ª Guerra Mundial e foram convidados por membros da Sociedade Colonizadora no Estrangeiro uma organização alemã a partirem para o Brasil. Os interessados vinham das mais diversas regiões da Alemanha e, portanto, tinham costumes e dialetos diferentes. Alguns eram católicos e outros, luteranos. Com o tempo, o catolicismo se sobrepôs e os representantes ergueram a única igreja da colônia, que fará 76 anos em 2013.
Hoje vivem na colônia cerca de 60 famílias. Muitos pioneiros partiram para outras regiões do estado. Uma escola municipal localizada ao lado do clube recreativo recebe as crianças e adolescentes da colônia. O alemão não está na grade curricular, mas a neta de pioneiros, Heidi Schüller, dá aulas do idioma para a comunidade. A língua continua sendo falada em casa pelos moradores mais antigos. "Os bisnetos dos imigrantes já estão deixando de falar o alemão, principalmente quando começam a frequentar a escola", comenta. Os colonos vivem da agropecuária e são, em sua maioria, associados da cooperativa Batavo, que é originariamente formada por descendentes de holandeses.
Festa
Apesar de os colonos fazerem duas festas anuais sobre a imigração e encontros mensais para lembrar as tradições dos pioneiros, a festa dos 80 anos é especial e está sendo planejada desde abril. Os colonos se dividiram em grupos e cada um organizou uma parte da programação. No início desta semana, eram dados os últimos retoques de pintura nos tratores e nas charretes que vão participar do desfile dos 80 anos da colônia.



