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Igreja da colônia: programa inclui missas e cânticos alemães | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Igreja da colônia: programa inclui missas e cânticos alemães| Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo

Programação

• Sexta-feira, a partir das 19h30: encenações teatrais, danças e cantos alemães no palco do clube recreativo 25 de Julho. Os colonos vão virar atores por um dia para contar 16 historietas de fatos curiosos que envolveram os pioneiros, como quando um trator caiu num rio e um colono levou um coice de um cavalo mais desaforado durante um trabalho na lavoura.

• Sábado, a partir das 14 horas: desfile de tratores e charretes antigas, seguida por apresentações culturais e gincanas em frente ao clube alemão. Na gincana, os colonos vão serrar tora, andar de perna de pau e participar de um jogo de perguntas e respostas sobre a história da colônia. À noite, haverá confraternização e banda alemã na sede do clube.

• Domingo, às 10 horas: os colonos vão participar de uma missa com cantos no idioma alemão que será celebrada pelo bispo diocesano dom Sérgio Arthur Braschi. Após a missa, haverá um novo desfile de charretes e tratores saindo da igreja até a sede do clube. Um passeio ciclístico organizado pela prefeitura de Castro vai levar ciclistas do centro de Castro até a colônia. Um almoço típico, ao custo de R$ 18, vai servir aos visitantes pratos típicos da etnia, como o eisbein (joelho de porco) e o braten mit sosse (carne assada ao molho). Durante a tarde de domingo, haverá barraquinhas e apresentações culturais, que vão culminar com baile de encerramento no clube, a partir das 20 horas.

Em julho de 1933, famílias alemãs tomaram posse de terras localizadas a dez quilômetros de Castro, nos Campos Gerais. Eles abriram estradas, ergueram casas, plantaram grãos e desenvolveram a pecuária leiteira. Hoje, o vilarejo chamado Terra Nova tenta manter as tradições dos antepassados. Neste final de semana, uma festa vai marcar os 80 anos da chegada dos imigrantes à região.

Os alemães enfrentavam dificuldades no período após a 1ª Guerra Mundial e foram convidados por membros da Sociedade Colonizadora no Estrangeiro – uma organização alem㠖 a partirem para o Brasil. Os interessados vinham das mais diversas regiões da Alemanha e, portanto, tinham costumes e dialetos diferentes. Alguns eram católicos e outros, luteranos. Com o tempo, o catolicismo se sobrepôs e os representantes ergueram a única igreja da colônia, que fará 76 anos em 2013.

Hoje vivem na colônia cerca de 60 famílias. Muitos pioneiros partiram para outras regiões do estado. Uma escola municipal localizada ao lado do clube recreativo recebe as crianças e adolescentes da colônia. O alemão não está na grade curricular, mas a neta de pioneiros, Heidi Schüller, dá aulas do idioma para a comunidade. A língua continua sendo falada em casa pelos moradores mais antigos. "Os bisnetos dos imigrantes já estão deixando de falar o alemão, principalmente quando começam a frequentar a escola", comenta. Os colonos vivem da agropecuária e são, em sua maioria, associados da cooperativa Batavo, que é originariamente formada por descendentes de holandeses.

Festa

Apesar de os colonos fazerem duas festas anuais sobre a imigração e encontros mensais para lembrar as tradições dos pioneiros, a festa dos 80 anos é especial e está sendo planejada desde abril. Os colonos se dividiram em grupos e cada um organizou uma parte da programação. No início desta semana, eram dados os últimos retoques de pintura nos tratores e nas charretes que vão participar do desfile dos 80 anos da colônia.

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