Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
alerta

Fevereiro é o mês do roubo de veículos

Índice de veículos levados por bandidos está 21% em relação a janeiro. Para a polícia, aumento dos delitos está relacionado ao período de férias e mudança de perfil dos ladrões

Os proprietários de veículos motorizados – carros, motos e caminhonetes – devem redobrar os cuidados com a segurança neste mês, em Curitiba. Um levantamento realizado pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) aponta que fevereiro é o mês em que há mais registros de furtos e roubos na capital paranaense. Para a polícia, o aumento das ocorrências está relacionado com o período de férias e com a mudança do perfil dos "ladrões" de carros.

Os números de 2011 demonstram que de janeiro para fevereiro o índice de veículos levados por bandidos já saltaram 21%, o que equivale a cinco unidades por dia. Nos primeiros 15 dias de fevereiro deste ano, a capital teve uma média de 24 veículos subtraídos por dia, entre roubados (levados mediante "grave ameaça") e furtados (subtraídos sem a presença do dono). Em janeiro, o índice foi de 19 carros por dia. Na segunda-feira (14), a capital atingiu seu "recorde": 38 veículos foram levados pelos bandidos (24 furtados e 14 roubados). Em contrapartida, a polícia aponta que o total de carros recuperados também aumenta em fevereiro. Nas duas primeiras semanas de janeiro, foram 84 carros reavidos pelas autoridades, ante 107 unidades recuperadas no mesmo período de fevereiro.

Os índices permanecem semelhantes aos registrados no ano passado, quando janeiro fechou com média 20,7 unidades subtraídas por dia e, fevereiro do mesmo ano, com 24,5 veículos. Segundo o delegado Marco Antonio de Góes Alves, dentre os principais motivos para o aumento está o fato de fevereiro ser um mês de férias. "A criminalidade tende a aumentar nesse período e no que diz respeito a furtos e roubos de veículos não é diferente. Fevereiro é um mês crítico", avalia o delegado.

O Sindicato das Seguradoras do Paraná aponta que o fenômeno também ocorre entre os 22% da frota circulante no estado que são cobertos por seguros. "Os furtos e, principalmente, os roubos começam a aumentar a partir do fim de novembro e atingem seu ápice em fevereiro", disse o presidente da entidade, Ramiro Fernandes Dias. "As pessoas estão mais relaxadas nesta época e acabam descuidando da segurança", opinou.

Segundo a polícia, o aumento dos índices de crimes relacionados a veículos está relacionado a um novo perfil das pessoas que cometem esses delitos. De acordo com o delegado, o tráfico e o consumo de drogas estão intimamente relacionados a essa nova realidade. "Hoje, não existe só a figura do 'ladrão profissional', que se 'especializa' em roubar e furtar carros", disse o delegado. "Muitos usuários acabam cometendo crimes e, depois, abandonam os veículos, levando apenas algum equipamento, um aparelho de som", complementou.

Bairros

O levantamento concluído pela DFRV aponta que os bairros da região Sul são onde mais ocorrerem roubos e furtos de veículos. Segundo a especializada, os principais alvos dos bandidos são Água Verde, Boqueirão e Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Para o delegado, a maior incidência dos crimes nesses bairros está atrelada a dois elementos básicos: ao volume de carros com demanda no "mercado" ilegal e o fácil acesso a pontos de fuga.

"Esses bairros têm saída direta para vias que levam a rotas usadas por quadrilhas especializadas", explicou o delegado. Dentre os principais destinos apontados aos carros levados por bandidos, estão o estado de Santa Catarina, o Paraguai e municípios da região metropolitana. Na tarde de quarta-feira (16), a polícia recuperou uma Mitsubishi L200 que havia sido furtada no início da semana no bairro Água Verde. A caminhonete foi encontrada intacta em uma rua do Ahú. "Os bandidos costumam deixar o veículo 'esfriando' em uma rua de pouco movimento. Dias depois, eles voltam para buscar", explica o delegado.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.