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Oeste do Paraná

Filha encontra corpo do pai em universidade após busca de 17 anos

Solange Brito procurava pelo pai sem saber que ele morreu há oito anos. Corpo estava na Unioeste, em Cascavel, e servia para estudos universitários

Depois de 17 anos de busca pelo pai, a auxiliar administrativa Solange Brito descobriu que ele está morto desde 2005 e seu corpo era usado em estudos na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, no Oeste do Paraná. Osvaldo Thomé Brito morreu aos 54 anos em Santa Izabel do Oeste, onde residia sozinho.

De acordo com Solange, seus pais, que moravam em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, em 1996, passaram por um processo de separação. Brito deixou a casa e não teve mais contato com a família. Desde então, a filha começou a realizar buscas, inicialmente em Paranaguá, primeira morada dele após o divórcio, mas não conseguiu localizar o pai. "Nós tínhamos a informação de que ele tinha ido para a Argentina, foi uma busca meio desnorteada", conta.

Recentemente, Solange pediu a uma prima que estuda em Maringá para que ela tentasse descobrir se o pai não estava naquela região. Após uma busca na internet, a prima descobriu que o cadáver de um homem com o mesmo nome havia passado, em 2005, pelo Instituto Médico Legal (IML) de Francisco Beltrão. "Entrei em contato com o IML e eles confirmaram que era ele", conta.

Para surpresa de Solange, o IML informou que o corpo havia sido doado para a Unioeste e estava em Cascavel. Na última sexta-feira (1º), ela esteve em Cascavel, reconheceu o corpo do pai e levou para ser sepultado em Campo Largo. O enterro aconteceu no sábado (2) antes foi feito um velório com o caixão lacrado.

De acordo com José Carlos Cintra, técnico em anatomia e necropsia da Unioeste, o corpo estava no local havia oito anos. Como ninguém da família reclamou o cadáver, o IML de Francisco Beltrão fez a doação com autorização da Justiça. Existem cerca de 20 corpos na Unioeste em Cascavel que são usados para estudos em seis cursos de graduação, sendo que um deles está no local há 30 anos.

A família informou que não vai contestar a doação do cadáver à universidade. "Não culpo a universidade, por um lado tenho que agradecer, foram oito anos e o rosto dele estava intacto para o reconhecimento", diz Solange.

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