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Filosofia e Sociologia serão obrigatórias

Está decidido: Filosofia e Sociologia voltam obrigatoriamente para a grade curricular do ensino médio a partir do ano que vem. Depois de anos de reivindicação, desta vez a decisão se deu em várias frentes. Em âmbito estadual, a Assembléia Legislativa do Paraná aprovou o projeto de lei 151/2006, do deputado estadual, Ângelo Vanhoni, no fim do mês passado. Agora, espera-se que o governo do estado sancione a lei. Mas, mesmo em caso de veto, a medida está assegurada. O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou, na semana passada e por unanimidade, uma resolução que torna obrigatória as disciplinas no ensino médio de todo o país e dá às escolas o prazo de um ano para a adequação.

Na rede estadual de ensino, das 1.192 escolas de ensino médio, 963 possuem Filosofia e 803, Sociologia – respectivamente 80% e 67% das escolas. "Não teremos problemas para nos adequar. Há três anos já trabalhamos nesta direção, esta decisão não nos pegou de surpresa", afirma Bernardo Kestring, um dos coordenadores pedagógicos do departamento de ensino médio da Secretaria de Estado da Educação.

De acordo com ele, a secretaria deve prorrogar por mais dois anos o prazo do concurso para professores realizado em 2004. Assim, no começo do ano que vem, o estado deve chamar professores de Sociologia e Filosofia. Hoje, do total de 25 mil professores do quadro estadual de educação, 948 lecionam Filosofia e 924, Sociologia.

Particulares

Já as escolas particulares devem sofrer um pouco mais com essa adequação, de acordo com o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), José Manuel de Macedo Caron Júnior, pois são poucas as escolas particulares que já possuem as duas disciplinas. "A implantação destas disciplinas é muito importante, mas o prazo para a adequação é muito curto. Onde vamos arranjar tantos professores destas áreas?", questiona. Caron acredita que poucos profissionais têm se graduado em Filosofia e Sociologia.

A conselheira Maria Tarcisa Silva Bega, do Conselho Estadual de Educação (CEE), discorda. "Não é um projeto de difícil implantação, há muitos profissionais à procura de emprego, basta abrir vagas que os colégios receberão enxurradas de currículos", diz.

O CEE é responsável por normatizar e fiscalizar, em âmbito estadual, como a deliberação do CNE será colocada em funcionamento. "Vamos estudar projetos de como isso vai ocorrer", afirma Maria Tarcisa.

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