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Saúde

Fim da CPMF impediu resultados melhores, diz Temporão em balanço

De 500 Unidades de Pronto Atendimento planejadas, 92 estão funcionando. Balanço tem ar de "encerramento de um ciclo", disse o ministro

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta quinta-feira (16) que o fim da CPMF em dezembro de 2007 impediu que a Saúde apresentasse resultados melhores ao fim do governo Lula. O ministro apresentou em Brasília um balanço do período de 2003 a 2010 na área da saúde.

"Acho que a perda da CPMF em dezembro de 2007 foi muito ruim para a saúde pública porque impediu que hoje nós estivéssemos aqui apresentando números muito melhores. Nós íamos ter R$ 24 bilhões ao longo desses quatro ano, e não tivemos", declarou o ministro.

Um dos números apresentados que chamou atenção foi o de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O governo planejou ter até o fim deste ano 500 unidades em funcionamento, mas até agora apenas 92 estão concluídas, segundo o ministro.

"Elas estão todas em construção ou sendo equipadas. Como as UPAs são construídas pelos municípios e nós tivemos eleições este ano, o que interrompeu o repasse de recursos, nós tivemos atraso de cronograma. Mas, com certeza no primeiro trimestre, a maioria dessas UPAs já vai estar em funcionamento", disse Temporão.

Segundo ele o balanço representa o fim de um ciclo. "Tem o ar de fechamento de um ciclo, né. Com certeza. Estou detalhando um pouco do muito que fizemos no campo da saúde", disse. Quanto à possibilidade de permanecer à frente da pasta, ele afirmou que esta é a pergunta que mais tem ouvido nos últimos dias.

"Não estou preocupado com isso porque eu sou um homem da saúde pública, sempre trabalhei com isso e continuarei trabalhando onde estiver. Posso colocar no meu currículo que fui ministro da saúde do presidente Lula e que dei a minha contribuição ao sistema de saúde brasileiro", afirmou.

Balanço

Em seu discurso sobre pontos de destaque do balanço, o ministro ressaltou melhorias no Sistema Único de Saúde (SUS), que foram possíveis por meio de maior articulação entre o governo federal, estados e municípios. Segundo Temporão, os novos desafios na área envolvem o envelhecimento populacional, as mudanças no perfil epidemiológico da população e o avanço das tecnologias em saúde.

Foram ressaltados programas como o Saúde da Família, que chegou a um investimento anual de R$ 5,5 bilhões em 2009, o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), que em 2010 já possuía mais de 2 mil ambulâncias atuando em 1.238 municípios, além de outros, como o Farmácia Popular (de acesso a medicamentos) e o Brasil Sorridente (de saúde bucal).

Também foram citadas campanhas como as de divulgação da Lei Seca, as antitabagistas e em relação a outras drogas, e a parceria com a indústria alimentícia buscando redução de gorduras trans, sal e açúcar nos alimentos produzidos no Brasil.

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