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Incêndio

Fogo destrói 60% da mata do Morro Rochedinho

Danos em área da Serra do Mar serão dimensionados hoje

Um incêndio na Serra do Mar destruiu 60% da área verde do morro Rochedinho dentro do Parque Estadual Pico do Marumbi, região de Morretes (litoral do estado), ontem à tarde. De acordo com informações da Polícia Ambiental de Morretes, o fogo atingiu uma superfície de aproximadamente dois hectares no cume do morro, que fica próximo à linha férrea, a 625 metros de altitude.

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Ambiental foram acionados no início da tarde, mas os focos de incêndio só foram controlados quando já era quase noite. A dificuldade de acesso ao local fez com que os 35 homens envolvidos na operação levassem muito tempo para chegar à região. As equipes foram de carro até a estação Morretes. Depois seguiram de trem até a estação Marumbi e ainda precisaram caminhar por cerca de uma hora. Além dos bombeiros e policiais, profissionais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Defesa Civil ajudaram a controlar o incêndio.

Apesar das informações passadas pela Polícia Ambiental, o IAP diz que ainda não foi possível dimensionar a área afetada. Neste fim de semana uma equipe do órgão irá fazer um sobrevôo com helicóptero sobre o Parque para avaliar com mais precisão o impacto ambiental causado pelo acidente.

Uma das principais suspeitas para origem do fogo é que ele tenha sido provocado por fagulhas produzidas pelo motor de um trem, que com os ventos e o tempo seco atingiram a vegetação. O IAP e o Corpo de Bombeiros irão apurar as causas do incêndio e, caso seja comprovada a suspeita, os responsáveis pela manutenção da linha férrea poderão ser autuados.

Este é o primeiro incêndio do ano de grandes proporções na região da Serra do Mar, mas por causa do clima seco diversas queimadas têm acontecido em todo o estado. Segundo levantamento da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná, o risco de incêndios na vegetação é considerado extremo em 70% do Paraná e no restante do estado a condição é elevada. Os meses de junho e julho são considerados períodos críticos, devido à baixa umidade do ar. Desde janeiro foram registrados cerca de 3 mil incêndios em vegetação no estado. Somente na última semana o número foi de 480, sendo que 50% aconteceram em Curitiba e na região metropolitana.

Depósito

Um incêndio de grandes proporções também atintiu ontem um depósito de lixo reciclável, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Uma casa e um barracão que ficavam dentro do depósito localizado no bairro Guatupê foram destruídos. Os fortes ventos ajudaram a alastrar as labaredas que também atingiram uma chácara vizinha.

A fumaça negra invadiu a BR-277 e os motoristas tiveram que redobrar os cuidados no trecho em frente ao Guatupê. A operação para conter o fogo mobilizou três caminhões e vários homens do Corpo de Bombeiros.

De acordo com um vizinho, esse foi o quinto incêndio no local. O dono do depósito, Ertile Pazinato, 67 anos, não soube explicar como o fogo começou. "Eu não estava aqui no momento. Cheguei e já estava tudo acabado", lamentou. Para o tenente do Corpo de Bompeiros Fernando Ferreira Machado, o período de sol e seca contribuiu para o início das chamas. "A vegetação está toda seca, qualquer faísca, cigarro, ou até mesmo o sol quente pode ter iniciado o incêndio", explicou.

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